Paralisação no EDISA-1

Quarta-feira, dia 17 de abril, os trabalhadores do EDISA-1 paralisaram os serviços por cerca de duas horas, depois do almoço em defesa da readmissão de um funcionário demitido da terceirizada ECONTEMP.Enquanto os funcionários do prédio se aglomeravam do lado de fora da empresa, o Sindipetro negociava uma saída com a gerência da Petrobrás, que até então não justificou as razões da demissão ocorrida anteontem, pela manhã.O ato contou com a participação da Intersindical, Sindicato dos Metalúrgicos, Servidores e Bancários, além do Centro dos Estudantes de Santos (CES).Uma rodada de negociação foi marcada para a próxima quarta-feira, onde a empresa justificará a ação.Clique nos links abaixo para ver fotos ampliadas do ato:Foto 01 Foto 02 Foto 03 Foto 04 Foto 05ENTENDA A DEMISSÃOTexto do Boletim #81, distribuído durante a paralisação.DESMOBILIZADO?Desmobilizado" foi a expressão usada pelo gerente do serviço portuário da Petrobrás para dizer ontem a um trabalhador que estava DEMITIDO da empresa. Já o desenho ao lado representa a expressão dos trabalhadores do EDISA, quando souberam da demissão.Depois de quase 10 anos de prestação de serviços à Petrobrás, sem justificativa alguma, um funcionário da contratada ECONTEMP foi demitido. Todos reconheciam a qualidade profissional de seu trabalho. Sem contar o aperto que ele e outros trabalhadores passaram na mão da falida Orbral, que até hoje não quitou os direitos trabalhistas dos ex-funcionários (hoje, funcionários da ECONTEMP).Ele foi vítima de perseguição gerencial - por motivos ainda não divulgados pela empresa.Logo após a demissão, o gerente convocou todo o segundo andar para uma "reunião" repleta de ASSÉDIO MORAL e TERRORISMO.FILHOTE DA DITADURAOntem, o segundo andar do EDISA foi palco de uma cena que remonta os tempos da ditadura militar e também as perseguições da era FHC. O gerente do serviço portuário do EDISA-1 convocou uma reunião com os funcionários do prédio para falar sobre os "problemas" que estavam ocorrendo na relação empresa-funcionários. No entanto, o encontro tomou outros rumos.O assédio moral comeu solto durante a reunião. Todos os trabalhadores foram ameaçados de demissão, por qualquer que fosse o motivo, caso não andassem na linha seja lá o que isso signifique, exatamente.Na seqüência, dois diretores do sindicato que estavam em outra reunião no prédio chegaram ao local.O gerente deu por encerrada a conversa e, numa atitude de um autêntico filhote da ditadura, ordenou que os vigilantes retirassem os sindicalistas do prédio, de maneira que não pudessem ficar a sós com os trabalhadores.Diante de todo este cenário, onde mais de 60 pessoas estavam inconformadas com a situação, alguns trabalhadores se manifestaram contra a postura de déspota do gerente. Os próprios vigilantes ficaram constrangidos de ter de efetuar esta ação repressora, autoritária e sem sentido para o período em que vivemos.Os diretores do sindicato se negaram a sair e resistiram pacificamente, até que o gerente se viu obrigado a deixá-los ficar na sala."