Em reunião, FNP traça metas e estratégias para 2012

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) se reuniu na última terça-feira (24/01), na sede do Sindipetro-LP, em Santos, para definir os passos da federação para 2012.

Além de discussões acerca da organização da entidade, que inclui a manutenção e fortalecimento da parceria com entidades co-irmãs como Fenaspe, CDPP e AEPET, os representantes dos sindicatos também anteciparam alguns cenários de mobilização da categoria petroleira.

PLR FUTURAOs dirigentes dedicaram boa parte do encontro à discussão sobre as negociações da PLR 2011, cujo montante a ser destinado à categoria já deve ser ponto de discussão entre FNP e Petrobrás em 1º de fevereiro.

Em relação à proposta de PLR Futura, a FNP aguarda reunião com a companhia para discutir o tema e divulgar posteriormente sua posição à categoria, uma vez que a proposta não foi apresentada aos sindicatos da FNP. Entretanto, os dirigentes já adiantaram durante a reunião que não aceitarão qualquer proposta de PLR que estabeleça metas e/ou que condicione seu pagamento a critérios de produtividade. Se há algum regramento justo, este regramento é PLR Máxima e Igual para Todos!

Graça FosterOutro tema debatido foi a confirmação da substituição na presidência da Petrobrás. Após a companhia anunciar oficialmente a troca de José Sergio Gabrielli por Graça Foster, a FNP irá solicitar uma reunião com a nova presidente para discutir os pontos prioritários da categoria e cobrar uma posição sobre a política da empresa para os empregados.

De qualquer forma, sabe-se que além de ser mantida, a atual política da Petrobrás deve se aproximar ainda mais das diretrizes do Governo. A nova presidente foi indicada por Dilma, de quem é amiga.

Vale lembrar que Graça Foster assumiu, no segundo mandato de Lula, a direção de Gás e Energia da Petrobrás após constantes divergências e conflitos entre, o então chefe da pasta, Ildo Sauer e Dilma Rousseff.

Ildo Sauer, um dos maiores defensores do fim dos leilões e do resgate de uma Petrobrás 100% estatal, sempre fez duras críticas ao atual marco regulário e à política do governo (leia matéria do Sindipetro-LP). Sua posição não passou impune por Dilma, responsável direta por sua demissão. Foi ele também que, ao lado de Fernando Siqueira, teve sua participação vetada na V Plenária da campanha `O Petróleo Tem Que Ser Nosso´, realizada ano passado, que tinha como um dos principais organizadores a outra federação.

Os petroleiros devem esperar neste e nos próximos anos uma batalha ainda mais dura durante as negociações de ACT.

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