Armação, mentiras e enganação da FUPETROBRÁS

AS DIRETORIAS DOS SINDICATOS DA FNP NÃO SE VENDEM!Na última quarta-feira, dia 30 de julho, os seis sindicatos da Frente Nacional dos Petroleiros (FNP) voltaram à mesa de negociação da PLR 2007 com a Petrobrás. Durante a reunião, o Gerente Executivo de RH Diego Hernandes, ex-dirigente da FUP, disse que, caso os sindicatos pressionassem "pela aprovação nas bases e a suspensão do movimento conjunto do dia 5 de agosto", ele tentaria dar uma proposta "melhorada" para a PLR. Como o gerente não quis dizer antecipadamente a qual proposta ele se referia, os sindicatos optaram por manter as deliberações das assembléias de suas bases. Em hipótese alguma, os sindicatos da Frente Nacional dos Petroleiros fechariam um acordo com a empresa para depois aprová-la em assembléias, sem antes consultar as bases. É justamente este tipo de prática anti-democrática e burocratizante que combatemos.Embora a empresa não tenha apresentado oficialmente NENHUMA outra proposta de PLR para os sindicatos da FNP, em boletim lançado no mesmo dia da reunião ("Informativo Negociação", Número 18, 30/07/2008), garantiu que fez a seguinte proposta tanto à FUP quanto à FNP:Aumento do piso de pagamento da PLR em 22%.Diminuição da relação piso/teto para 2,5 vezes.Discussão de critérios e indicadores para a PLR futura até 29 de setembro.Adiantamento da PLR 2008 a partir de 10 de janeiro.PAGAMENTO DE ABONO ANTECIPADO DO ACT 2008Ofereceu, ainda, um ABONO, chamado de "Adiantamento de Gratificação Contingente do ACT" equivalente a 40% de uma Remuneração Mínima (RMNR) ou R$ 1.500,00 (o que for maior). Esse ABONO será descontado no acordo coletivo 2008.Quanto ao ABONO, há uma luta histórica dos petroleiros para jamais aceitarem remuneração variável. A FNP não aceita remuneração variável, posto que ela não incide reflexos sobre salário mensal, férias, 13º salário, hora extra, adicional de periculosidade, AHRA, adicional de turno, RMNR, nem FGTS.A FNP não mais acredita em promessas e repudia a negociação de PLR em conjunto com o ACT. A PLR é uma discussão restrita aos trabalhadores da ativa; o Acordo Coletivo de Trabalho é um longo processo de negociação entre petroleiros ativos e inativos e pensionistas.É preciso não esquecer que no acordo coletivo de 2007 houve a "promessa" de `fomentar o ensino superior´ (em até 10 dias após assinatura); Instalação de comissão local de SMS etc, e nada disso foi implementado. Agora, querem enfiar goela abaixo mais uma promessa!Dirigentes tão diligentes, tão parecidos com gerentes...Infelizmente alguns dirigentes, tão diligentes quanto os gerentes, recomendam a aceitação (abrindo mão da mobilização conjunta) e passaram a aceitar a "remuneração variável". Elles continuam (por motivos que somente elles podem dizer, se confessáveis forem), acreditando nas promessas. Aliás, talvez até aceitem uma nova companhia, somente com o E&P, o que, nestes novos velhos tempos não nos surpreendem.ELES SÃO BONS DE PROPAGANDA - MAS, CONTRA FATOS, NÃO EXISTEM ARGUMENTOS1) Informativo Petrobrás (edição nr. 18, de 30/07/2008):[sobre a gratificação de contingente] " ... .O valor será descontado quando do fechamento do ACT 2008... ."2) Sítio eletrônico dos dirigentes tão diligentes quanto os gerentes:"... A FUP conseguiu também reverter a proposta da Petrobrás de acumular com a PLR a negociação do Acordo Coletivo e manteve em separado as campanhas."ASSEMBLÉIA: AQUI, QUEM DECIDE É A BASE!Diante do quadro que se apresenta foi enviado documento ao ex-dirigente sindical da FUP e atual Gerente de RH, para que faça formalmente a mesma proposta para o Litoral Paulista, para assim podermos convocar uma Assembléia Geral Extraordinária ainda na próxima semana.MESA UNIFICADA DE NEGOCIAÇÃOA Frente Nacional dos Petroleiros sempre exigiu mesas ÚNICAS de negociação entre petroleiros e empresa. Contudo, a Petrobrás, até hoje, mantém a prática de realizar mesas separadamente - segundo ela, porque a FUP SE NEGA a dividir o espaço de debate com os sindicatos da FNP. Nas últimas assembléias, a categoria exigiu que a diretoria do Sindipetro-LP pressionasse para ocorrerem mesas únicas de negociação.Semana passada, a FNP convocou a FUP para uma reunião sobre o assunto e, embora tenha conseguido articular a unidade no movimento grevista, não conseguiu garantir mesas únicas de negociação. E a História também nos provou que nem a greve estava unificada!Defendemos as mesas unificadas porque, além de, desta forma, os sindicatos estarem mais fortalecidos para pressionar a empresa, nós podemos garantir que armações, mentiras e enganações como essas (como acordos e distribuição de cargos) não aconteçam.DIRETORIA DO SINDIPETRO-LP