Como anunciado pela própria companhia em documento oficial, a Petrobrás não apresentou nenhuma proposta na reunião realizada na última segunda-feira (09/07). Como justificativa para a pior proposta dos últimos 12 anos, a empresa não apresentou à FNP e ao Sindipetro-RJ nenhum argumento novo: citou crise internacional, cumprimento de orientações da Dest, lucro menor e um longo eticétera, que nada mais é do que uma grande enrolação.
Ainda assim, um dos maiores questionamentos da categoria permanece sem resposta: diante de tal cenário desenhado pela empresa, por que ela diminui o valor de PLR dos seus empregados e aumenta a quantidade dividendos liberada aos acionistas? A resposta é clara: mais uma vez, para cumprir suas metas e agradar o capital financeiro internacional, a empresa tenta jogar nas costas dos trabalhadores a conta da crise.
Diante de tamanha intransigência, a Petrobrás desafia os petroleiros à greve. Por isso, a FNP indica aos seus sindicatos que realizem setoriais com os trabalhadores para definir o calendário de assembleias, organizando mobilizações em todos setores. O objetivo é que todas as bases iniciem atrasos, de pelo menos uma hora, a partir da próxima semana. Caso haja um forte cenário nacional de mobilizações, a FNP e seus sindicatos não hesitarão em defender a deflagração de greve nacional e por tempo indeterminado em todos os sindicatos.