Palestra sobre benzeno abre o 2º dia de Congresso e aponta ações para o próximo período

Um dos principais ativistas em prol da defesa contra a exposição ao benzeno, o diretor do Sindipetro-SJC, Júlio Cesar de Araújo, ministrou aos petroleiros presentes uma pequena palestra sobre o agente nocivo dentro do Sistema Petrobrás. O eixo da apresentação foi o anúncio do lançamento de uma campanha nacional sobre o benzenismo.

A campanha será colocada em prática através de materiais e da divulgação da criação do Dia Nacional de Luta Contra a Exposição ao Benzeno, que passa a ser celebrado no dia 5 de outubro, como uma homenagem ao operador da RPBC Roberto Krappa, que faleceu no mesmo dia, em 2004, por leucemia mieloide aguda.

Além disso, outra importante medida anunciada por Júlio é a criação de um grupo dentro da FNP que deve discutir especificamente questões envolvendo o benzeno. O objetivo é sistematizar todas as informações relativas ao tema e acumular elaborações para defender de forma mais organizada os interesses da categoria. A ideia é de que o primeiro encontro aconteça em agosto.

Crítico da atual composição e sistema de trabalho das comissões de benzeno, muitas vezes esvaziadas por imposição e manobra da companhia, por outro o dirigente ressaltou que o ponto positivo desses encontros é a oportunidade de tensionar as discussões e denunciar as tentativas da empresa de estabelecer limites de tolerância ao benzeno, através de uma análise quantitativa e não qualitativa do agente.

O trabalhador e a trabalhadora estão morrendo nas unidades, não chegam nem mesmo a se aposentar", denunciou Júlio. "Em função da lógica do lucro a qualquer custo a empresa insiste em não reconhecer e criar obstáculos para a aposentadoria especial. E o Governo Federal também tem culpa, porque não adianta cobrar apenas da Petrobrás, afinal quem dá as cartas na companhia é a presidente Dilma".

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