Higienização indevida de máscaras contaminadas por benzeno colocam em risco a saúde de trabalhadores da UTGCA

Na madrugada de terça-feira (09/10), um trabalhador da UTGCA se deparou com uma infração gravíssima de SMS, que estava botando em risco a vida de petroleiros terceirizados e também prejudicando o meio ambiente. O companheiro em questão presenciou, por volta das três e meia da manhã, técnicos de segurança do trabalho dentro do banheiro feminino do prédio da Vivência K4 fazendo a higienização de máscaras que foram utilizadas em áreas contaminadas com benzeno e outros hidrocarbonetos igualmente nocivos à saúde humana.

A higienização estava sendo feita apenas com água e sabão, o que é contra as normas e procedimentos indicados pela Fundacentro. Para piorar, todo o resíduo da lavagem estava indo diretamente para o ralo e não para o sistema fechado, conforme prevê a normatização. Tudo isso quatro dias depois do Dia Nacional de Luta Contra a Exposição ao Benzeno, em que a categoria petroleira se mobilizou em âmbito nacional para promover uma conscientização em relação à exposição indevida dos trabalhadores à substância.

O incidente foi repassado à CIPA e abriu-se um RTA "UO-BS/SMS/SEG-2012-0011A". Na tarde da quarta-feira (10/10), em reunião realizada entre RH, SMS e Sindipetro-LP, um gerente do SMS, ao ser informado do que aconteceu, questionou a gravidade da situação e quis saber se o fato era realmente tão importante para ser repassado para a diretoria da empresa. Por que isso? A saúde dos trabalhadores não é importante, por acaso?

No dia seguinte, em mais uma reunião para avaliar o caso - que começou estremecida por culpa de uma tentativa da empresa de impedir a entrada de dois diretores do Sindicato -, foi decidido que as higienizações serão suspensas do banheiro feminino e voltarão a ser realizadas no laboratório entre as 18h e as 24h, até que a ampliação do Prédio do SMS, que contará com uma sala exclusiva e uma máquina específica de higienização, se concretize.