Conselheiros eleitos da Petros prestigiam 2º dia do VI Congresso da Fenaspe

O segundo dia do VI Congresso da Fenaspe, que migrou da sede da ASTAPE-RJ para a colônia da entidade, no município de Magé, foi marcado por intensas discussões sobre as conjunturas nacional e internacional, com enfoque principalmente na Petrobrás e na Petros. Por isso, boa parte da manhã foi destinada à intervenção de dois representantes destacados da categoria: Silvio Sinedino e Ronaldo Tedesco.

Silvio Sinedino, conselheiro eleito da Petros e representante dos empregados no CA da Petrobrás, e Ronaldo Tedesco, conselheiro eleito da Petros, fizeram um breve relato de seus mandatos, reforçando o caráter democrático e transparente de ambas as gestões, levando às bases os principais acontecimentos dentro da Petrobrás e da Petros. E, apesar de darem destaque à atual situação das ações judiciais em curso, os dois foram taxativos em eleger a luta direta da categoria como principal instrumento dos trabalhadores para obter conquistar e bloquear retiradas de direito. "Tenho convicção de que o que resolve é mobilização", resumiu Sinedino. Tedesco fez discurso semelhante. "É na luta que vamos conseguir justiça".

Neste sentido, Sinedino ressaltou a necessidade de iniciativas que tenham como centro unir a categoria. "Não podemos, nós, propor dividir a categoria. Temos que unir os trabalhadores, porque quem divide é a FUP".

Em relação ao processo de repactuação, Tedesco fez questão de lembrar que o novo processo consolidou mais uma derrota da tríade Petrobrás/Petros/FUP. "Mesmo com todo o poderio que eles tiveram ao longo do processo, com toda a máquina na mão para fazer uma ampla campanha, o número obtido foi bastante pequeno".

Segundo informações divulgadas pela Petros em seu site oficial, o novo processo de repactuação teve a adesão de apenas 12,12% do público-alvo que a companhia visava atingir. No total, aderiram à repactuação 2.647 participantes e assistidos, sendo que o total de trabalhadores (entre ativos, aposentados e pensionistas) que poderiam repactuar era de 21.836 pessoas.

Levando em consideração apenas os empregados da ativa, o percentual de novos repactuados é ainda menor. Dos 4.636 petroleiros que poderiam repactuar, apenas 158 resolveram aderir ao plano. Isso representa ínfimos 3,41%.

Dos 12.582 aposentados que poderiam repactuar, apenas 1.227 aceitaram o Termo de Compromisso proposto pela Petros. Isso representa 9,75 do público que poderia ser atingido neste setor da categoria. Número superior de adesões foi encontrado apenas entre as pensionistas. Neste segmento, a adesão foi de 27,38% - das 4.602 pensionistas, 1.260 resolveram aderir ao plano.

No período da tarde os congressistas discutiram a geopolítica do petróleo e o papel da Petrobrás na atual divisão do trabalho, com intervenções sobre a polêmica envolvendo royalties, bem como o anúncio da 11ª rodada de leilões. Como consenso, a necessidade de combater a lógica neoliberal que domina a área de Recursos Humanos e de Investimentos da companhia. De que forma? Empunhando com cada vez mais força as bandeiras históricas contra os leilões do petróleo, com o resgate de uma Petrobrás 100% Estatal.

Nesta sexta-feira (23/11), último dia do congresso, serão colocadas em votação as deliberações e encaminhamentos definidos durante os dois dias de discussões já realizadas pelos congressistas.

Fonte: Imprensa FNP