Categoria aprova mobilizações e Estado de Greve no Tebar e na UTGCA

Com a situação na RPBC definida, coube aos trabalhadores do Tebar, em São Sebastião, e da UTGCA, em Caraguatatuba, definirem as estratégias de mobilização para pressionar a empresa a negociar e atender suas reivindicações. Em assembleia realizada na noite desta segunda-feira (25/03), na sede (Santos) e sub-sede (São Sebastião) do Sindicato, os petroleiros do Tebar e da UTGCA presentes aprovaram a deflagração de mobilizações, além do Estado de Greve e de Assembleia Permanente.

A forma de mobilização a ser realizada, assim como a data em que será iniciada, deve ser decidida pelos trabalhadores em conjunto com a direção do Sindicato. O objetivo é amadurecer a discussão sobre o movimento e permitir que um número maior de trabalhadores opinem sobre os rumos da luta, uma vez que, infelizmente, a participação da categoria na assembleia foi baixa. Neste sentido, o Sindicato chama os trabalhadores a tomarem pra si a defesa desta luta.

O que está em jogo?Seguindo os problemas enfrentados pelos trabalhadores da RPBC, que realizaram atrasos por 26 dias, os petroleiros de turno do Tebar enfrentam problemas de quadro mínimo e assédio moral. Além disso, tanto no turno, quanto no ADM, existe uma luta antiga, desde meados de setembro do ano passado, por melhorias na qualidade da alimentação servida. Neste sentido, a pauta do Tebar envolve o quadro mínimo do SMS (técnicos de segurança); a situação da nova ETE e do Novo laboratório, além da alimentação.

Na UTGCA, os problemas enfrentados são semelhantes e, por isso, o Sindicato também irá discutir com os trabalhadores a possibilidade de iniciar um movimento. Dentre as falhas até hoje não solucionadas, está o quadro mínimo reduzido, casos de assédio e discriminação de gerentes, além de terceirização de atividade-fim.

Só com lutas há conquistasO recuo da gerência da RPBC diante da mobilização realizada pelos trabalhadores da refinaria mostra que apenas com mobilização é possível arrancar da companhia nossas reivindicações e direitos.

Por isso, é preciso que os trabalhadores do Litoral Norte sigam o exemplo dos companheiros de Cubatão e forcem a empresa a negociar. E isso se faz com mobilização. A organização desta luta é fundamental para o seu sucesso. Neste sentido, a participação de todos os trabalhadores nas discussões e debates que serão realizados pelo sindicato com a força de trabalho é de grande importância.