Em um ambiente de caos, petroleiros de Pilões sofrem pressão e assédio moral

Relatórios técnicos de grande importância manchados, parede e calhas de passagem sujas, computadores danificados, instalações elétricas sem reparo, papéis e objetos empilhados em mesas jogadas de qualquer jeito. Esta é a realidade dos petroleiros que trabalham no setor de Dutos. Após mais de 40 dias da enchente que castigou a cidade de Cubatão, como já denunciado pelo Sindicato no jornal O Petroleiro, os trabalhadores do Terminal Pilões seguem sem solução para o caso gerado pelas tempestades de quase dois meses atrás.

E o pior: mesmo com toda a negligência da gerência e incapacidade de dar resposta a problemas de fácil resolução, afinal estamos falando de uma empresa do poderoso Sistema Petrobrás, esses trabalhadores estão sendo submetidos a uma sistemática pressão por resultados.

É um absurdo que a empresa que se recusa a realizar as reformas necessárias mínimas para que os trabalhadores voltem a assumir suas tarefas, exija deles relatórios e atividades em salas improvisadas e sem qualquer estrutura. Como se não bastasse toda a situação relatada acima, esses petroleiros ainda são submetidos a casos nem tão velados assim de assédio moral coletivo.

Por atuarem no chão de fábrica, na área, nem sempre os operadores conseguem entrar nas salas da unidade com os pés "limpinhos", como exigem alguns sujeitos. Mesmo assim, certas figuras - que pensam ser Deus no terminal - ainda se sentem à vontade para resmungar sobre as marcas das solas dos sapatos deixadas pelos trabalhadores em sua sala.

Os trabalhadores, diante do caos causado pelos temporais, fizeram a sua parte. Trabalharam duro, colocaram o terminal de Pilões de volta à normalidade. Em poucos, dias a roda voltou a girar. Além disso, usaram a verba destinada ao setor para colaborar com a reestruturação de toda a unidade. Solidários, não pensaram no próprio umbigo e entenderam que o bem comum era a prioridade. Acreditando no bom senso da empresa e no discurso de responsabilidade social, não imaginaram que ficariam pra trás.

Mais uma vez, no lugar do reconhecimento e da valorização os trabalhadores do Sistema Petrobrás são pagos com indiferença, pressão e assédio. O Sindicato repudia essa atitude da empresa exige que a execução dos serviços de reparos até hoje recusados por "falta de verbas" seja colocada em prática imediatamente. Veja abaixo algumas fotos da sala dos operadores do Setor de Dutos:

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