FNP aprova adesão ao 11 de julho e define lutas para barrar o leilão de Libra

Após quatro dias de debates pautados pelos movimentos que varrem o país, os petroleiros da FNP tomaram uma importante decisão, neste domingo (07/07), durante a plenária final do seu 7º Congresso: os trabalhadores da 4ª maior empresa de Energia do mundo irão paralisar suas atividades em 11 de julho - dia nacional de greves, paralisações e mobilizações de rua, somando-se a uma série de categorias que irão parar o Brasil na próxima quinta-feira.

O caráter e a forma dessas mobilizações serão discutidos pelas direções dos sindipetros com suas bases nesta semana. A adesão dos petroleiros à luta marcada para 11 de julho servirá como preparação à campanha reivindicatória, com a luta contra os leilões do petróleo e por aumento real no salário básico.

Neste sentido, ela faz parte de uma jornada de lutas ainda mais ampla e permanente, cujo calendário também foi definido no 7° Congresso Nacional da FNP com o objetivo claro de fortalecer a batalha contra o leilão de Libra, marcado pelo Governo Dilma para o mês de outubro. Os delegados da FNP aprovaram durante o congresso mobilizações e greves para o dia 3 de outubro - aniversário de 60 anos da Petrobrás; na semana que antecede o leilão de Libra e para o dia em que ele está marcado - 22 de outubro.

Além disso, foi aprovada ainda a criação de um amplo Comitê em Brasília para que os dirigentes, juntamente com outras entidades, façam interlocução com os parlamentares para barrar a privatização da Petrobrás.

Aproveitando o clima de mobilizações que marcam este período, a novidade deste congresso está no fato de que a pauta histórica da categoria será entregue ainda neste mês. A intenção é, a partir do 11 de julho e da entrega antecipada da pauta, iniciar nas unidades da companhia o debate com a categoria sobre a campanha reivindicatória.

Para os congressistas, não há muitas dúvidas sobre os eixos de 2013: barrar o leilão de Libra para conquistar aumento real no salário básico, revisão no PCAC, fim da tabela congelada, reposição das perdas salariais e incorporação dos adicionais ao salário básico.

Fruto da vitória que foi a realização da Plenária de Mulheres, o 7º Congresso ainda aprovou a criação da Comissão Nacional de Mulheres da FNP, cuja tarefa será organizar nacionalmente um trabalho permanente com as petroleiras.

OposiçõesMais uma vez, as oposições marcaram presença. Estiveram presentes no congresso delegações do Norte Fluminense, Rio Grande do Norte, Duque de Caxias, Bahia e Unificado São Paulo. No último dia de debates, no domingo (07/07), os companheiros fizeram importantes intervenções, reafirmando a necessidade de disputar nas bases da FUP as eleições sindicais do próximo período. A afirmação da FNP como instrumento de luta da categoria e como alternativa à velha entidade sindical, hoje completamente degenerada, passa obrigatoriamente por um grande trabalho com as oposições.

Números do CongressoMais de 150 pessoas participaram do 7º Congresso Nacional da FNP. No total, estiveram nos debates ao longo de quatro dias 75 delegados e 47 observadores. Dentre as entidades convidadas presentes, podemos citar a AEPET, ANFIP, ILAESE, dentre outras.

A pluralidade e amplitude do congresso foi também atestada pela participação de diversas entidades e organizações que atuam nos movimentos sociais e nas lutas dos trabalhadores como CUT, CSP-Conlutas, Intersindical (Instrumento de Luta) e CGTB. Companheiros de partidos como PCB, PSOL, PSTU e PT também estiveram presentes, assim como o Movimento Marxista 5 de Outubro e os Independentes. Todos ajudaram a construir um congresso marcado pela unidade na luta de todos aqueles que se colocam na trincheira dos trabalhadores.