UO-BS lança nota "despretensiosa" sobre um iminente crime de lesa-pátria: o leilão do campo de Libra

É com um texto aparentemente despretensioso, escrito "apenas" para esclarecer os vários regimes reguladores existentes em exploração de petróleo, que a UO-BS (em uma publicação interna deste mês) aborda o leilão do campo de Libra - a maior descoberta de petróleo já feita no país que, embora esteja estimada em R$ 3 trilhões, será vendida por R$ 15 bilhões - recurso estipulado como bônus à União.

Indiretamente, o texto valoriza o regime de partilha - definido na matéria como "um marco regulatório coerente com a preservação do interesse nacional", ignorando o fato de que a única forma de preservar a soberania do país é barrar o leilão de Libra, avançando em uma política sintonizada com as reivindicações dos movimentos sociais: Petrobrás 100% Estatal, com o resgate do monopólio estatal do petróleo.

Qualquer medida inferior ao rompimento da entrega do petróleo brasileiro ao estrangeiro não passará de cortina de fumaça. Evidentemente, não esperávamos da companhia uma reportagem com a defesa de uma Petrobrás estatal, mas nos causa muita indignação o cinismo da UO-BS ao tratar a maior privatização da história do país como uma medida progressiva, alinhada aos interesses nacionais.