Regramento da PLR: Você sabe o que está em jogo?

Diante da "estranha" pressa da empresa e da FUP em aprovar o regramento da PLR, listamos abaixo algumas ponderações neste momento decisivo para a categoria petroleira:

- Não houve tempo hábil para conhecer e debater a proposta

- Oferta prevê pagamento desigual e longe máximo da Lei da PLR (25% dos acionistas)- Armadilha nos indicadores e metas

Antes de mais nada, gostaríamos de perguntar: você se sente suficientemente esclarecido(a) sobre a proposta de Regramento de PLR apresentado pela Petrobras e defendida pelo Sindicato/FUP? Conhece os indicadores propostos pela Cia e a metodologia das metas para aferição destes?

Acreditamos que para votar um acordo desta importância seria necessário um amplo debate na categoria. Infelizmente o Sindicato/FUP montou um calendário de assembleias que não permite este tempo fundamental para que todos(as) conheçam a fundo o que está sendo votado.

A segunda parcela da PLR só poderá ser paga a partir de 10/7. Portanto, para que a pressa em concluir as assembleias até 25/2? A quem interessa que a base não se informe e tenha direito ao contraditório antes de se posicionar?

Gostaríamos de com este texto contribuir para isso, expondo nosso posicionamento sobre esta proposta.

Defendemos o pagamento igualitário a todos, com distribuição dos 25% do que é pago aos acionistas

A proposta inicial que a própria FUP levou à empresa previa a linearidade, ou seja, que o montante destinado aos empregados fosse distribuído igualmente a todos(as).

Agora, os governistas propõem a aceitação de uma relação piso-teto de 250%. O que os gerentes ganharão em apenas 1 ano, a base da categoria receberá em 2 anos e meio de PLR !

Quanto à vinculação da PLR ao montante pago aos acionistas, a proposta da Petrobras/FUP também joga fora.

A Resolução CCE 10/1995 dispõe que podem ser pagos até 25% deste valor aos empregados. Ou seja, aceitarmos qualquer oferta abaixo disso é entregar de bandeja para a empresa parte do lucro que nós trabalhamos para produzir. Historicamente temos variado de 10 a 15%, portanto há muito a avançar em relação a esta nova oferta.

Não aceitamos negociar com "última proposta"

Como é de (péssimo) hábito, a Petrobras fecha negociação unilateralmente, indicando que a "proposta traduz o empenho máximo da companhia".

Mas o desrespeito vai ainda mais longe: "Para os sindicatos que não assinarem o acordo, ficam mantidas as mesmas regras aplicadas para anos anteriores, ou seja, o máximo de 4,5% sobre o Lucro Líquido do Sistema Petrobras antes das Participações".

A empresa claramente ameaça com a divisão da categoria para amedrontar os que ousem avançar rumo a uma proposta digna.

Fonte: Oposição A Base Presente (Sindipetro Unificado)