Em assembléias realizadas na quarta-feira (27), a base de Santos e Cubatão e quinta-feira (28), em São Sebastião, a categoria aprovou a paralisação de 24 horas, no dia 4 de julho, como advertência à intransigência da Petrobrás.Estamos fazendo a divulgação da decisão da nossa base apenas hoje por conta da realização da assembléia de São Sebastião ter ocorrido ontem à noite, atendendo ao pedido dos trabalhadores do Tebar, uma vez que a decisão é dada pela totalização dos votos das duas assembléias.A empresa insiste em não reabrir negociação da PLR, descumprindo o acordo para pagamento até os dez primeiros dias de julho, e condicionando o repasse à aprovação da proposta do PCACS.Felizmente, a categoria mostrou que deseja discutir a PLR e manter as negociações do PCACS, ao contrário do que vem fazendo o braço sindical da empresa, que claramente vem defendendo a agenda da Petrobrás. Basta verificar os informes oficiais da federação que representa o braço sindical da companhia. Os boletins 806 (de 11 a 15/06), 807 (de 14 a 22/06) e 808 (de 19 a 25/06) nem sequer mencionam a questão da PLR. O mesmo acontece com os informes eletrônicos de 26/06 e 27/06. Apenas no informe de 22/06 é citado em algumas linhas que a federação solicitou a abertura de negociações.A Frente Nacional dos Petroleiros, por sua vez, tem cobrado do RH corporativo da companhia a abertura de discussões sobre o montante e a forma de distribuição aos trabalhadores desde a primeira rodada de negociações sobre o PCACS. Já na assembléia de 28 de dezembro de 2006 colocamos para apreciação da categoria proposta para discussão do montante a ser provisionado em fevereiro, o que, infelizmente, não foi aceito.Lamentamos mais uma vez a falta de palavra da empresa e agora o uso de chantagem para conseguir a aprovação desse PCAC, que impõe perdas aos trabalhadores usando a PLR como moeda de troca.Greve ou LockoutSó para provocar a reflexão e para que todos comprovem como a Petrobrás e o seu braço sindical falam a mesma língua, veja abaixo, na íntegra, a firmação do presidente Sérgio Gabrielli à agência Reuters. Se preferir, acesse o link na internet: http://br.news.yahoo.com/s/reuters/070619/economia/negocios_energia_petrobras_greve_polLONDRES (Reuters) - O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou estar preparado para enfrentar uma possível greve dos funcionários da empresa."Nós esperamos evitar a greve. Esperamos chegar a uma solução acordada, mas estamos preparados para enfrentar nossa greve", afirmou Gabrielli durante uma entrevista coletiva nesta terça-feira, no intervalo de uma reunião sobre energia em Londres.(Por Tom Bergin)
