No Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho temos pouco a comemorar

Neste domingo, 27 de julho será comemorado em todo o Brasil o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. Considerado uma marca histórica, a data é um momento para reflexão e também de reivindicações por melhorias nas condições de segurança e saúde no trabalho.Temos leis e uma série de medidas legislativas, que se fossem cumpridas fielmente à risca não só garantiria a proteção e direitos aos trabalhadores, mas também salvariam vidas e evitariam acidentes graves, que muitas vezes afastam o cidadão de sua profissão definitivamente.Mais do que comemorar uma data, devemos observar se realmente estamos seguros em nosso trabalho. O trabalhador consciente segue todas as normas de seguranças estipuladas pela empresa. O uso do EPI é só uma das ferramentas necessárias para que acidentes sejam evitados. Outra medida eficaz é respeitar as horas de descanso necessárias entre turnos. Sabemos que nem sempre o trabalhador tem opção de escolher trabalhar algumas horas, mas o que não podemos aceitar são abusos.O saldo de mortes nos últimos 21 anos é assombroso. Desde 1997 perdemos 338 trabalhadores, sendo que desse total mais de 270 eram terceirizados, mortos em acidentes do trabalho. A política que vem sendo aplicada pela gerencia da estatal e pelo Programa de Otimização de Custos Operacionais da Petrobrás (Procop), que nos enfiarm gole a a baixo, caminha para que mais acidentes aconteçam. As privatizações que vem acontecendo, o desinvestimento nas unidades, casado com o número crescente de terceirização de serviços mostram que, a cada dia que passa, depende do trabalhador e do sindicato a luta por garantir seu retorno para casa no fim do expediente.Está claro que esse embate não será fácil. Mesmo quando conquistamos direitos, como o Dia de Embarque e Desembarque aos petroleiros das plataformas de Merluza e Mexilhão, à custa de 23 dias de greve na UTGCA em 2011, amargamos anos de espera para tomarmos posse do que é nosso, devido ao recurso pedido pela Petrobrás, que recorreu da decisão. Até esta data os trabalhadores não puderam usufruir desse benefício.Recorrer sentenças do Tribunal Regional do Trabalho é só uma das manobras utilizadas pela companhia para descaracterizar a luta sindical e a força da união do trabalhador. Só quem pode mudar essa realidade são os próprios trabalhadores. O Sindipetro-LP tem cobrado e irá levar como prioridade as reivindicações da categoria por mais segurança no trabalho, pela substituição de equipamentos obsoletos, por medidas preventivas, proteção à exposição a produtos químicos e todo tipo de risco que causam mortes anunciadas de trabalhadores.Que os próximos dias 27de julho sejam datas mais felizes para a categoria e para o trabalhador brasileiro, com reais conquistas, valorização do trabalho e direitos garantidos para todos.
No Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho temos pouco a comemorar
Neste domingo, 27 de julho será comemorado em todo o Brasil o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. Considerado uma marca histórica, a data é um momento para reflexão e também de reivindicações por melhorias nas condições de segurança e saúde no trabalho.
Temos leis e uma série de medidas legislativas, que se fossem cumpridas fielmente à risca não só garantiria a proteção e direitos aos trabalhadores, mas também salvariam vidas e evitariam acidentes graves, que muitas vezes afastam o cidadão de sua profissão definitivamente.
Mais do que comemorar uma data, devemos observar se realmente estamos seguros em nosso trabalho. O trabalhador consciente segue todas as normas de seguranças estipuladas pela empresa. O uso do EPI é só uma das ferramentas necessárias para que acidentes sejam evitados. Outra medida eficaz é respeitar as horas de descanso necessárias entre turnos. Sabemos que nem sempre o trabalhador tem opção de escolher trabalhar algumas horas, mas o que não podemos aceitar são abusos.
O saldo de mortes nos últimos 21 anos é assombroso. Desde 1997 perdemos 338 trabalhadores, sendo que desse total mais de 270 eram terceirizados, mortos em acidentes do trabalho. A política que vem sendo aplicada pela gerencia da estatal e pelo Programa de Otimização de Custos Operacionais da Petrobrás (Procop), que nos enfiarm gole a a baixo, caminha para que mais acidentes aconteçam. As privatizações que vem acontecendo, o desinvestimento nas unidades, casado com o número crescente de terceirização de serviços mostram que, a cada dia que passa, depende do trabalhador e do sindicato a luta por garantir seu retorno para casa no fim do expediente.
Está claro que esse embate não será fácil. Mesmo quando conquistamos direitos, como o Dia de Embarque e Desembarque aos petroleiros das plataformas de Merluza e Mexilhão, à custa de 23 dias de greve na UTGCA em 2011, amargamos anos de espera para tomarmos posse do que é nosso, devido ao recurso pedido pela Petrobrás, que recorreu da decisão. Até esta data os trabalhadores não puderam usufruir desse benefício.
Recorrer sentenças do Tribunal Regional do Trabalho é só uma das manobras utilizadas pela companhia para descaracterizar a luta sindical e a força da união do trabalhador. Só quem pode mudar essa realidade são os próprios trabalhadores. O Sindipetro-LP tem cobrado e irá levar como prioridade as reivindicações da categoria por mais segurança no trabalho, pela substituição de equipamentos obsoletos, por medidas preventivas, proteção à exposição a produtos químicos e todo tipo de risco que causam mortes anunciadas de trabalhadores.
Que os próximos dias 27de julho sejam datas mais felizes para a categoria e para o trabalhador brasileiro, com reais conquistas, valorização do trabalho e direitos garantidos para todos.