Contrariando discursos privastistas, economistas afirmam importância do pré-sal para a Petrobrás e para o Brasil

Os resultados da Operação Lava Jato desencadearam uma série de argumentos por mudanças sobre as regras de exploração do pré-sal. Surge no cenário nacional, construído para desacreditar a empresa frente à opinião pública e ao mercado, pedidos de revisão do marco regulatório da empresa, no qual as reservas de petróleo devem ser exploradas sob o regime de partilha compartilhada. Na regra atual, a Petrobrás precisa ter mínimo de 30% de participação em todos os projetos e atuar como operadora, conduzindo o ritmo de produção e escolhendo a tecnologia usada na exploração dos poços.
Nas regras atuais há normas relativas ao conteúdo local dos projetos, com um percentual mínimo de componentes nacionais a serem usados na operação -e que não é respeitado por todas as empresas que exploram o pré-sal.
Em entrevista ao Jornal do Brasil, economistas consultados confirmam o alto valor estratégico do pré-sal para o país. Para Fernando Sarti, diretor do Instituto de Economia da Unicamp, a Petrobrás tem condições de buscar recursos para seus investimentos sem precisar desinvestir no pré-sal. Sarti é contundente ao dizer que "não há dúvida de que a Petrobrás deva manter sua participação em uma área estratégica como é a do pré-sal. No contexto atual, nenhuma mudança seria positiva".
A intenção dos oportunistas é clara: Privatizar a empresa, aumentando assim os rendimentos dos acionistas. Recentemente, o senador José Serra (PSDB), apresentou um projeto de lei revogando a obrigatoriedade dos 30% de participação da Petrobrás nos projetos da empresa. Serra é acompanhado por outros privatistas, que sempre desejaram o fim do controle do Estado sobre as reservas de petróleo, dos quais, alguns se encontram nos conselhos e diretoria da própria companhia.
Empresários como o executivo-chefe da Shell, Ben Van Beurden, se mostram empolgados pela exploração das reservas de petróleo do pré-sal. Segundo relatado no JB, para Van Beurden, o Brasil é "o país mais excitante do mundo".  A Shell acabou realizar um dos maiores negócios do mundo, comprando o BG Group por US$ 70 bilhões. O negócio tem como pano de fundo o petróleo brasileiro. Em comunicado ao mercado, a empresa anglo-holandesa afirmou que, após a aquisição, poderá saltar de uma produção de 52 mil barris/dia de petróleo para mais de 550 mil barris/dia.
Para Guilherme Santos Mello, também professor da Unicamp, a exploração do Pré-sal é uma questão estratégica não só para a Petrobrás, mas para o país. "A Petrobrás pesquisou, descobriu e desenvolveu a tecnologia necessária para explorar esses poços, e agora possui reservas de alto rendimento em um setor muito arriscado, que é o do Gás e Petróleo".
Se as intenções de Bendine e diretoria de vender ativos continuar, o prejuízo à empresa e ao país serão ainda maiores. Cláudio Gontijo, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), avalia que "desfazer-se de ativos do pré-sal neste momento seria vendê-los por um valor abaixo do que realmente valem, por conta do contexto econômico. A médio prazo, o preço do barril do petróleo deve voltar a se valorizar e a empresa vai perder uma renda importante, além de recursos que poderiam ser revertidos em receitas fiscais para o Estado".
Está na hora da categoria petroleira tomar o rumo da empresa e atuar com firmeza na proteção de nossas reservas. Proteger a empresa dos ataques especulativos do mercado, da influência departidos políticos e da ânsia dos investidores por lucros é primordial para que possamos garantir para a nação os proventos necessários para o desenvolvimento do país e avanço da Petrobrás.
O Lava Jato abre a oportunidade de mudarmos o que há de errado na empresa, criando estratégias para garantir a autossuficiência, possível com ações efetivas, que fogem do viciado mercado de compra e venda de petróleo.
Com informações do Jornal do Brasil

Os resultados da Operação Lava Jato desencadearam uma série de argumentos por mudanças sobre as regras de exploração do pré-sal. Surge no cenário nacional, construído para desacreditar a empresa frente à opinião pública e ao mercado, pedidos de revisão do marco regulatório da empresa, no qual, atualmente, as reservas de petróleo devem ser exploradas sob o regime de partilha compartilhada. Na regra atual, a Petrobrás precisa ter mínimo de 30% de participação em todos os projetos e atuar como operadora, conduzindo o ritmo de produção e escolhendo a tecnologia usada na exploração dos poços.

Com o marco regulatório vigente há normas relativas ao conteúdo local dos projetos, com um percentual mínimo de componentes nacionais a serem usados na operação -e que não é respeitado por todas as empresas que exploram o pré-sal.

Em entrevista ao Jornal do Brasil, economistas consultados confirmam o alto valor estratégico do pré-sal para o país. Para Fernando Sarti, diretor do Instituto de Economia da Unicamp, a Petrobrás tem condições de buscar recursos para seus investimentos sem precisar desinvestir no pré-sal. Sarti é contundente ao dizer que "não há dúvida de que a Petrobrás deva manter sua participação em uma área estratégica como é a do pré-sal. No contexto atual, nenhuma mudança seria positiva".

A intenção dos oportunistas é clara: Privatizar a empresa, aumentando assim os rendimentos dos acionistas. Recentemente, o senador José Serra (PSDB), apresentou um projeto de lei revogando a obrigatoriedade dos 30% de participação da Petrobrás nos projetos da empresa. Serra é acompanhado por outros privatistas, que sempre desejaram o fim do controle do Estado sobre as reservas de petróleo. Dentre os que sugerem a venda de ativos para manter os investimentos na empresa, alguns se encontram nos conselhos e diretoria da própria companhia.

Empresários como o executivo-chefe da Shell, Ben Van Beurden, se mostram empolgados pela exploração das reservas de petróleo do pré-sal. Segundo relatado no JB, para Van Beurden, o Brasil é "o país mais excitante do mundo".  A Shell acabou realizar um dos maiores negócios do mundo, comprando o BG Group por US$ 70 bilhões. O negócio tem como pano de fundo o petróleo brasileiro. Em comunicado ao mercado, a empresa anglo-holandesa afirmou que, após a aquisição, poderá saltar de uma produção de 52 mil barris/dia de petróleo para mais de 550 mil barris/dia.

Para Guilherme Santos Mello, também professor da Unicamp, a exploração do Pré-sal é uma questão estratégica não só para a Petrobrás, mas para o país. "A Petrobrás pesquisou, descobriu e desenvolveu a tecnologia necessária para explorar esses poços, e agora possui reservas de alto rendimento em um setor muito arriscado, que é o do Gás e Petróleo".

Se as intenções de Bendine e diretoria de vender ativos continuar, o prejuízo a empresa e ao país serão ainda maiores. Cláudio Gontijo, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), avalia que "desfazer-se de ativos do pré-sal neste momento seria vendê-los por um valor abaixo do que realmente valem, por conta do contexto econômico. A médio prazo, o preço do barril do petróleo deve voltar a se valorizar e a empresa vai perder uma renda importante, além de recursos que poderiam ser revertidos em receitas fiscais para o Estado".

Está na hora da categoria petroleira mudar o rumo da empresa e atuar com firmeza na proteção de nossas reservas. Proteger a Petrobrás dos ataques especulativos do mercado, da influência de partidos políticos e da ânsia dos investidores por lucros é primordial para que possamos garantir para a nação os proventos necessários para o desenvolvimento do país e avanço da caompanhia.

O Lava Jato abre a oportunidade de mudarmos o que há de errado na empresa, criando estratégias para garantir a autossuficiência, possível com ações efetivas, que fogem do viciado mercado de compra e venda de petróleo.

Com informações do Jornal do Brasil