Contra privatização, Sindicato faz atrasos nos terminais Transpetro nesta sexta

Mobilização faz parte do Dia Nacional de Luta contra privatização e pela reincorporação da Transpetro, data impulsionado pela FNP

Construir um Dia Nacional de Luta na Transpetro, contra privatização e pela reincorporação da empresa à Petrobrás. Esse é o objetivo do Sindipetro-LP, que irá promover atrasos na sexta-feira, 12 de junho no Tebar, Pilões e Alemoa.

A data está sendo impulsionada pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e a previsão é de que sindicatos filiados à FUP também se incorporem à paralisação. Além do Sindipetro-LP, já confirmaram adesão à mobilização os sindipetros Alagoas/Sergipe, Rio de Janeiro e São José dos Campos. Os atrasos no Litoral Paulista estão programados para começarem nas primeiras horas de sexta-feira.

Além de lutar contra o desmonte do Sistema Petrobrás, defendendo a reestatização da companhia, o Sindipetro-LP cobra mais transparência nas ações da empresa e quer mais participação dos trabalhadores nas decisões sobre o futuro da companhia.

Após o anúncio de desinvestimento de ativos feito pela Petrobrás no começo do ano, diretores da FNP receberam informações de que a companhia estaria negociando vender parte da Transpetro, começando por navios, para um grupo financeiro, que posteriormente arrendaria os mesmos equipamentos para a empresa.

Em reunião de acompanhamento da FNP com o RH, no Rio de Janeiro, em abril, os representantes da empresa disseram que devido aos avanços e investimentos que a companhia fez nos últimos anos, a indicação pela venda não partiria dos diretores da Transpetro, mas que a decisão caberia à diretoria executiva.

Os rumores alertam pela negociação da Transpetro com o bilionário egípcio Mohamed Al Fayed. O grupo do empresário também estaria interessado em realizar investimentos no Pré-Sal e em polidutos.

Silêncio e negligênciaA diretoria executiva tem se fechado em salas de reuniões, pouco se importando em informar aos petroleiros sobre o que é real ou não no que ventila a imprensa. Assim como Aldemir Bendine, que após quatro meses à frente da Petrobrás não se apresentou aos trabalhadores e nem conversou com os Sindicatos, a cúpula da empresa mostra que se preocupa apenas com os interesses dos investidores, o que nos leva a crer que as informações obtidas pelos diretores da FNP e imprensa tratam-se de verdade.