FNP lança neste sábado (20), no RJ, Comitê contra a venda de ativos

Após um forte dia de protestos em defesa da Transpetro no último dia 12 em todo o país, os petroleiros dão um novo passo para organizar a luta contra o desmonte do Sistema Petrobrás. Neste sábado (20), às 14h, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) realizará uma plenária de lançamento da Campanha Nacional Contra a Venda de Ativos da Petrobrás.

A atividade, que acontece no auditório do Sindipetro-RJ, no Rio de Janeiro, pretende organizar petroleiros, militantes de movimentos sociais e todos os interessados na luta por uma Petrobrás 100% estatal e pública. Os diretores do Sindipetro-LP que estão nesta semana no Rio de Janeiro para as reuniões com o RH Corporativo participarão da atividade.

A venda de ativos, colocada em prática pelo governo Dilma (PT), soma-se a outros ataques à companhia que aprofundam sua privatização, como a terceirização desenfreada, os leilões e as demissões em massa no último período. As mobilizações do dia 12, aliás, foram realizadas no aniversário da Transpetro como forma de protesto à intenção de vender fatias da subsidiária à iniciativa privada.

Diante dos casos já conhecidos e dos fortes indícios de novas privatizações e terceirizações de ativos, subsidiárias e até unidades da Petrobrás, é imprescindível a unidade da categoria e de suas entidades representativas em torno de um calendário que unifique nossos atos, manifestações e paralisações contra os ataques que estamos sofrendo. Chamada de desinvestimento, a venda de ativos anunciada Ademir Bendine, presidente da Petrobrás, inclui as ações da BR Distribuidora, a privatização das Unidades Termelétricas e das Fafens (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenado), os poços maduros do Nordeste, e a entrega de navios.

Aos movimentos, como saída dos trabalhadores, a alternativa e prioridade segue sendo a luta por uma Petrobrás 100% estatal e pública, controlada pelos trabalhadores e a serviço da população brasileira. Apenas essa medida garantirá geração de emprego e diminuição do preço de produtos como gás de cozinha, combustíveis e eletricidade, garantindo ainda recursos para investimentos em áreas sociais como educação, saúde e moradia. Para se ter uma ideia, somente em 2013 os trabalhadores da Petrobrás produziram um lucro bruto operacional de R$ 70 bilhões. Em 2014, o lucro foi de R$ 80 bilhões. São 2,8 milhões de barris de petróleo por dia, 800 mil só no Pré-sal.

PRÉ-SAL EM PERIGOApesar de todos os números que comprovam a eficiência da Petrobrás, erguida pelos operários, o governo Dilma anunciou que pretende entregar cinco blocos do Pré-sal e um do pós-sal. Os trabalhadores petroleiros, que já enfrentaram os governos Collor, FHC e até o exército contra o desmonte da Petrobrás, precisam mais uma vez de reagir e lutar, dessa vez contra o plano de privatização do governo Dilma e do PT, por um lado, e contra a sanha privatista da bancada tucana, por outro, que através do senador José Serra (PSDB) tenta aprovar no Senado o Projeto de Lei 131, que aprofunda ainda mais a subordinação da empresa às multinacionais ao acabar com a exclusividade da Petrobrás na operação do pré-sal, bem como sua participação mínima de 30% nos blocos exploratórios.

É hora de derrotar o plano de privatização de Bendine!