Em carta à FUP e demais entidades, FNP defende comando nacional de greve

Greve no dia 24 no terminal AlemoaO movimento em defesa da Companhia e contra o desmonte do Sistema Petrobras ocorrido em 24 de julho de 2015 demonstrou que só a unidade dos petroleiros pode assegurar uma empresa pública estatal dos brasileiros e para os brasileiros. Também ficou evidente que juntos, os petroleiros e as petroleiras são capazes de defender melhores direitos para o conjunto da categoria, sejam ativos, sejam aposentados. Nesse sentido, é preciso avançar na consolidação dessa unidade.
No dia 20 de julho, aconteceu uma assembleia e a categoria  que  além de deliberar pela greve de 24 horas, do último dia 24, também aprovou um chamado às entidades sindicais, às associações de petroleiros e ao representante dos trabalhadores no Conselho de Administração (CA) da Companhia, para que, juntos, formem um Comando Nacional de Mobilização. Reunir os 17 sindipetros do país, a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET), Ambep, entre outras, e Deyvid Bacelar (do Conselho de Administração) em uma instância organizativa capaz de articular ações conjuntas da categoria é uma saída imprescindível para enfrentar os ataques atuais e futuros.
Seja o PL do Serra, seja a venda de ativos do PNG, sejam as negociações do ACT próximo, seja a política econômica do governo federal, somente a unidade de todos os petroleiros é capaz de fazer frente aos interesses econômicos que querem impor aos trabalhadores a conta da crise econômica do país e, também, a conta da crise pela qual passa a estatal. Nós trabalhadores não podemos pagar uma conta que não é nossa.
Assim, diante do cenário crítico que estamos vivendo, reafirmamos o chamado às entidades representativas dos petroleiros e encaminhamos aos representantes da FUP e os 17 sindicatos(clique aqui) um ofício convocando para discutirmos  mesa de negociação única e a construção de um Comando Nacional de Mobilização. Além disso, convocamos uma Plenária Nacional para o dia 29 de agosto com o objetivo de indicar um calendário de mobilizações unificado.
O documento também exalta a necessidade de organização da categoria. “Não podemos nos furtar, em nome das divergências que não podem estar acima da defesa da soberania nacional, significa na prática enfraquecer a luta da categoria e da classe trabalhadora. Para além das ações sindicais nas galerias ou gabinetes, somente pressionaremos o governo e o Congresso, de fato, organizando a categoria para se defender e defender a companhia com manifestações, paralisações e greve”.

A greve de 24 horas do dia 24 de julho demonstrou que só a unidade de toda a categoria petroleira será capaz de fazer frente aos ataques sofridos pela Petrobrás. Para barrar o desinvestimento (privatização) e o PL de Serra, garantindo ainda um ACT digno, com a manutenção e avanço de direitos, é preciso avançar na consolidação e organização da necessária unidade dos petroleiros de todo o país.

Neste sentido, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) enviou carta (clique aqui e leia) aos 17 sindipetros, FUP, FENASPE, AEPET e demais organizações representativas da categoria chamando à unidade de todos os petroleiros. Para isso, a entidade defende três iniciativas: a formação de um comando nacional de greve; calendário unificado de mobilizações e mesa única de negociação. A sugestão da FNP é de que essa proposta seja discutida em uma Plenária Nacional no dia 29 de agosto.

O Sindipetro-LP tem se posicionado abertamente a favor da unidade da categoria. No dia 20 de julho, quando a categoria deliberou pela greve em assembleia, também foi aprovado um chamado às entidades sindicais, associações de petroleiros e ao representante dos trabalhadores no Conselho de Administração (CA) da Companhia para que juntos formem um Comando Nacional de Mobilização. Em nossa opinião, é preciso reunir os 17 sindipetros do país, a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET), Ambep, entre outras entidades, além de Deyvid Bacelar (do Conselho de Administração), em uma instância organizativa capaz de articular ações conjuntas da categoria.

Nesta semana, o Sindipetro-RN também lançou uma carta às entidades defendendo a unidade da categoria com a formação de um Comando Nacional Unificado em defesa da Petrobrás (leia aqui). Saudamos a iniciativa dos companheiros do Rio Grande do Norte e esperamos que essa iniciativa seja seguida pelas demais entidades. Aos trabalhadores de todo o país, pedimos que cobrem de suas direções que realizem um esforço efetivo por essa unidade.

"Não queremos mais a defesa da unidade apenas no discurso, é preciso demonstrar na prática que existe disposição. Por isso, estou ligando para os presidentes e coordenadores de todos os sindicatos com a finalidade de defender essa unidade. As divergências existem, mas não podem ser maiores do que a defesa da empresa, e defesa dos nossos empregos. Não se trata apenas de luta salarial ou por mais direitos, se trata da defesa do maior patrimônio do país. Se não houver Petrobrás, não haverá federações e nem sindicatos de petroleiros. A hora é agora", afirmou Adaedson Costa, coordenador geral do Sindipetro-LP e secretário-geral da FNP.