Diretores de Santos fecham visita ao Litoral Norte no Tebar

"Um sindicato que volte a fazer trabalho de base, que converse com os trabalhadores sobre o futuro do país e da categoria, com capacidade de organizar e mobilizar os petroleiros”.

A frase acima era uma das necessidades apontadas pela atual gestão durante a campanha eleitoral do Sindipetro-LP. Consequente com essa avaliação e com a promessa de resgatar um sindicato de base, com os pés fincados na realidade dos trabalhadores, desde que assumiu a entidade há aproximadamente dois meses a nova direção vem assumindo a tarefa de reaproximar o sindicato da categoria.

Este foi um dos principais objetivos da visita dos diretores liberados Adaedson e Fábio Farofa ao Litoral Norte nesta semana. Iniciada na UTGCA (leia matéria), em Caraguatatuba, a passagem pela região foi fechada no Terminal Almirante Barroso (TEBAR), em São Sebastião, com a presença dos diretores da unidade, Douglas e Pedro Tavolaro.

Ao longo da manhã, os dirigentes percorreram praticamente toda a unidade para conversar, setor por setor, com a categoria. O principal assunto das conversas realizadas com os petroleiros e petroleiras, diretos e terceirizados, foi a atual situação da empresa e a saída que os trabalhadores devem escolher para superar a crise instalada na Petrobrás. Assista abaixo resumo da visita ao Litoral Norte Mais uma vez, foi reafirmada a necessidade de que toda a categoria – nacionalmente – se unifique para barrar o desinvestimento, o PL de José Serra e, mais recentemente, o risco de pagar a conta dos erros cometidos pelos gestores da Petros, que já causaram dois déficits seguidos (2013 e 2014) ao fundo. Se houver novo rombo, o que não é improvável, tentarão novamente jogar em nossas costas o preço de lambanças gerenciais. Ainda em relação à defesa da companhia, foi colocada a tarefa de expandir a campanha contra a privatização para toda a sociedade. Para isso, uma nova remessa da cartilha distribuída pelo Sindicato será impressa. O objetivo é distribuir a toda população em locais estratégicos, como escolas, universidades, terminais de ônibus e locais de grande circulação. Evidentemente, este trabalho de conscientização não é suficiente para barrar os ataques, mas certamente será um ponto de apoio importante para se contrapor às informações distorcidas ventiladas na imprensa sobre a Petrobrás. O mais importante, no entanto, segue sendo sem dúvidas a construção de uma forte unidade de toda a categoria petroleira com o apoio dos movimentos sociais, do movimento estudantil e de todas as organizações de classe. O que está em jogo não é apenas o emprego e os direitos da categoria, é a soberania do país.