Sindipetro-LP realiza atrasos na RPBC contra boicote à CIPA

Não é de hoje. Sistematicamente, a gerência da RPBC vem criando inúmeros obstáculos aos membros eleitos da CIPA comprometidos com a categoria. Com a gestão recentemente eleita não é diferente e os primeiros casos de boicote já surgiram: empecilhos para impedir a participação dos cipistas, manobras para atrapalhar o acompanhamento dos acidentes de trabalho (que só crescem), inúmeras articulações para fazer da comissão uma mera correia de transmissão dos desejos da empresa.

Diante disso, o Sindipetro-LP iniciou na manhã desta terça-feira (02/09) atrasos na entrada dos turnos da refinaria para pressionar a gerência a mudar sua postura. Não é possível que este método, que apenas conspira contra a segurança da unidade e dos trabalhadores, continue imperando na unidade. Os atrasos, de uma hora, já foram realizados no turno da manhã (grupo 3) e no ADM, e no grupo de turno da tarde (grupo 1).

Durante os atrasos, o Sindicato também tem aproveitado para debater com os empregados outros temas fundamentais: a campanha reivindicatória da categoria, a luta em defesa da Petrobrás, contra a venda de ativos e do pré-sal, além do chamado à caminhada que o Sindicato está organizando e que acontece no dia 13, domingo, a partir das 9h, com concentração na sede da entidade.

Os atrasos na RPBC serão realizados nos demais turnos nesta quarta-feira (03/09). Nas demais bases, o Sindicato também irá marcar presença nesta quarta para divulgar a caminhada e informar a categoria sobre os principais assuntos do período. Um ofício da FNP já foi enviado à empresa com a cobrança de reunião para negociar a pauta da categoria, que une a luta política em defesa da Petrobrás com a luta em defesa dos nossos direitos, salários e benefícios.

Ao contrário da FUP, a FNP entende que a combinação das duas pautas não enfraquece o poder de mobilização da categoria. Pelo contrário, a partir das necessidades mais imediatas da categoria é possível desenvolver uma campanha reivindicatória que unifique a luta por nossos direitos com a luta contra a privatização da companhia.

Além disso, segue em nossa opinião - como prioridade máxima - a construção da unidade dos 17 sindipetros na luta, independentemente das divergências existentes entre as federações. A construção de um calendário unificado de greve, com mesa única de negociação, é uma necessidade se temos como objetivo avançar nos direitos e derrotar o desinvestimento e o PLS 131.

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