Sindipetro-LP se reúne com gerência da RPBC para discutir quadro mínimo da HDT 2 e “abono da viradinha”

Negociação

A Diretoria do Sindipetro-LP se reuniu, na manhã desta sexta-feira (29 de janeiro), com o gerente geral da RPBC conforme divulgado aos trabalhadores da unidade. O intuito da reunião foi tratar especificamente sobre o quadro mínimo da HDT2 e o “abono da viradinha” cortado unilateralmente, pela gerência, na época da greve realizada no final do ano passado no período de Campanha Salarial.

Depois de o Sindicato ter explicado os benefícios da “viradinha” e o descontentamento causado à força de trabalho foram levantadas também as questões físicas, psicológicas e de segurança dos trabalhadores com corte desse direito. Outro ponto discutido, pelo gerente, foi o custo que acarreta a unidade o abono desse dia. A nossa Diretoria solicitou os valores do impacto financeiro da viradinha e salienta que por enquanto nada foi resolvido.

Em relação ao quadro mínimo da HDT2 depois de amplamente discutido, a gerência se prontificou a apresentar um estudo de dimensionamento deste quadro. Diante disso, foi agendada uma reunião para a próxima semana para dar continuidade às negociações.

Atrasos
O Sindipetro-LP realizou no decorrer dessa semana atrasos para explicar à categoria sobre as reuniões de negociação de PLR, Benefício Farmácia e desconto dos dias parados pela greve.
Foi explicada também a estruturação do sistema Petrobrás com o “Novo Modelo de Governança e Gestão”. Com as mudanças, estima-se redução de custos de até R$ 1,8 bilhão por ano. Também está prevista a redução de pelo menos 30% no número de funções gerenciais em áreas não operacionais.

O anúncio não diz muito aos trabalhadores que sabem que os principais problemas da empresa estão na venda de ativos e na privatização, reafirmadas pelo presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine. Outra questão abordada foi a venda da Transpetro divulgada pelo diretor financeiro da Petrobrás, Ivan Monteiro, através de uma matéria publicada no jornal Folha de São Paulo. O nosso entendimento é que a empresa passa por um cenário de crise graças aos maus passos dos gestores, mas que os petroleiros não têm que pagar essa conta.

Também foi distribuído o boletim especial “Vidas em Risco”, que relata problemas da RPBC. Vazamento de gases tóxicos, acidentes com fraturas, assédio e descaso aos brigadistas, CIPA atacada pela gerência, invasões na refinaria, furtos e uma série de outros incidentes que causam apreensão aos trabalhadores foram denunciados no boletim.