A luta continua! Obrigado aos 1.560 votos na eleição

CA da Petrobrás

* Adaedson Costa, coordenador-geral do Sindipetro-LP e secretário-geral da FNP, foi candidato ao CA da Petrobrás

Foi realizada na tarde desta segunda-feira (01) a apuração de votos do primeiro turno da eleição para o CA da Petrobrás. Deyvid Bacelar (4.415 votos) e Betânia (3.952 votos) foram os candidatos mais votados e agora seguem na disputa para o segundo turno.

Minha candidatura, indicada pela FNP através da chapa 1616 com Ivan Luiz do Sindipetro-RJ como suplente, ficou em terceiro lugar com 1.560 votos. A todos os petroleiros e petroleiras, de norte a sul, que depositaram sua confiança e esperança em nossas propostas só temos a agradecer.

Durante todo o período de campanha, insistimos na necessidade de um representante dos empregados com autonomia e independência diante da direção da empresa e do governo, uma vez que a luta contra a privatização da companhia exige uma atuação combativa.

Esta eleição também serviu de espaço para ampliar o debate sobre o desinvestimento da companhia, escolhido de maneira trágica pelo governo Dilma e pela direção da empresa como saída para a crise. É a escolha exigida pelo mercado e acionistas, escolha que conspira contra a soberania nacional.

Em diversas ocasiões, seja em nossos materiais impressos e redes sociais, seja nas conversas com a categoria nas panfletagens, reafirmamos a defesa de uma Petrobrás 100% Estatal como bandeira estratégica para a empresa que é o maior patrimônio do país.

Como dever de casa, a todos nós, fica a necessidade de ocuparmos com mais força todos os espaços possíveis para defender as nossas propostas, as nossas exigências. Digo isso porque, embora ainda não tenha os números precisos com o mapa completo de votação, neste primeiro momento já é possível afirmar que segue muito baixa a participação da categoria nos processos eleitorais do Conselho de Administração. O mesmo se repete quando há eleição para a Petros – outro tema de fundamental importância.

Por outro lado, ao que tudo indica, e sobre isso também precisamos de informações mais detalhadas, a companhia tem feito o seu dever de casa, tentando a todo custo colocar – seja no CA, seja nas CIPAS e outras instâncias, seus representantes diretos ou indiretos. Precisamos ficar alertas. Cabe a nós, trabalhadores do ‘chão de fábrica’, trabalhadores que ao primeiro sinal de crise têm seus direitos ameaçados, o dever de se fazer representado em todo e qualquer espaço que sirva de plataforma de denúncia.

Minha candidatura termina hoje, mas a luta é permanente. Os últimos acontecimentos dentro do Sistema Petrobrás – venda de ativos, insegurança generalizada com acidentes trágicos, tentativa de retirada de direitos – demonstram que temos muitos inimigos a enfrentar, muitas batalhas a travar. Não há como fugir dessa tarefa, cabe a nós assumi-la, pois é nosso futuro que está em jogo. E isso se faz com união, solidariedade e luta.

Juntos, somos mais fortes!