Bendine anuncia operação de FPSO e diz que Petrobrás está preparada para mudanças em votação no Senado

Em visita ao Edisa Valongo

Em rápida passagem pelo Edisa Valongo, em Santos, na terça-feira (16), Aldemir Bendine, presidente da Petrobrás e diretores da companhia, anunciaram o início da operação do navio FPSO Cidade Maricá na Bacia de Santos, na área de Lula Alto, no campo de Lula. A embarcação faz parte do Consórcio BM-S-11, operada pela BG E&P Brasil Ltda – companhia subsidiária da Royal Dutch Shell plc e Petrogal Brasil S.A..

Atualmente a camada do pré-sal contida na Bacia de Santos e Campos correspondem a 35% da produção do petróleo nacional. A Bacia de Santos é responsável por 70% desse total.

Durante a coletiva de imprensa, questionado sobre a criação da base de apoio na Baixada Santistas, relacionada as atividade offshore, Bendine disse que a empresa estuda centralizar a atuação do pré-sal no Rio de Janeiro, onde existe uma indústria de petróleo e gás consolidada.

Mediante as tramitações no Senado para votação das PLS 131, de autoria de José Serra (PSDB), que acaba com a lei da partilha e tira da Petrobrás a participação obrigatória na exploração do pré-sal, e da PLS 555, do senador Tarso Jereissati (PSDB), que altera os estatutos das empresas públicas e de economia mista, transformando-as em sociedades anônimas, com gestores escolhidos pelos senadores, Bendine disse que a companhia está preparada para trabalhar em qualquer modelo de gestão. Mesmo sem querer se comprometer com o assunto, o presidente da companhia admitiu que se houvessem hoje novos leilões a Petrobrás não teria como participar de uma nova licitação, devido à capacidade de caixa reduzida da companhia.

Bendine não respondeu sobre o projeto anunciado em 2008, que previa a construção de outras duas torres no Valongo e do centro de pesquisas, mas que não foram colocados em prática até hoje.

Com o início da construção do edisa, em 2011, a população da região foi estimulada pelos governos municipais, estadual e federal, para que se especializasse para as oportunidades que surgiriam com a ascensão do pré-sal.

Com isso, a Baixada Santista se tornou alvo de especulação imobiliária, o que encareceu alugueis e aumentando o m² dos imóveis na região a preços astronômicos, tornando o custo de vida cada vez maior para o trabalhador. Também foram criados cursos técnicos e universitários voltados para a área do petróleo e gás, na esperança de que as futuras vagas, decorrentes das operações do pré-sal, gerassem milhares de empregos na região.

Com o plano de desinvestimento acelerado e com as investidas governistas para entregar a Petrobrás para o capital, fica cada vez mais distante a possibilidade de geração de emprego na região, voltado para o mercado de petróleo.

Com informações de A Tribuna
Foto G1