O Petróleo é nosso!
Reunida na sede do Sindipetro-RJ nesta terça-feira (23), a direção da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) definiu um plano de lutas para os próximos meses com foco na luta contra a venda de ativos já em curso no Sistema Petrobrás. A FNP e seus sindicatos reivindicam uma Petrobrás 100% pública e estatal e se opõem aos projetos do senador José Serra, do governo Dilma e da direção da Petrobrás que preveem a venda de participações em subsidiárias, a privatização de unidades e o fim da participação obrigatória da Companhia Na exploração dos campos do pré-sal, entre outras medidas.
Aliada à luta contra a privatização da Petrobrás, a campanha da FNP também prevê a luta por direitos da categoria como o cumprimento de todas as cláusulas do ACT vigente, a regularização do Benefício Farmácia e a suspensão de qualquer punição aos grevistas da campanha reivindicatória do ano passado. Confira abaixo o plano de lutas na íntegra.
Outro tema que terá destaque nas próximas semanas é o julgamento no Tribunal Superior do Trabalho (TST) da ação sobre a RMNR, na qual os sindicatos de petroleiros alegam que a Petrobrás está calculando de forma incorreta, o que gera um grande prejuízo financeiro para parte da categoria. A ação pode entrar na pauta de julgamento do pleno do TST a qualquer momento. Para convencer os ministros do tribunal da existência desse erro e que ele precisa ser corrigido retroativamente a 1º de setembro de 2007, data que a RMNR entrou em vigor, a FNP planeja uma caravana a Brasília que contará com visitas aos ministros e possivelmente um ato no dia do julgamento. Clique aqui e saiba mais sobre esta ação.
A reunião da direção da FNP continua nesta quarta (24) com discussão sobre a pauta de reivindicações para as reuniões de acompanhamento do ACT , posição sobre 2º turno das eleições para o Conselho de Administração (CA) e organização interna. Na quinta e sexta (25 e 26) acontecem as reuniões de acompanhamento do ACT com o RH da Petrobrás.
Plano de lutas
Algumas datas ainda precisam ser definidas ou ajustadas, mas guardadas a autonomia de cada sindicato e as características de cada base, a FNP orienta:
Ampla campanha contra a privatização, o sucateamento, o desmonte do Sistema Petrobrás e o desemprego.
Apontar a necessidade de realizar uma greve nacional para fazer frente aos ataques.
Apontar a realização de um Dia Nacional de Luta no início de abril.
Carta aos 17 sindicatos para convocar uma plenária nacional de ativistas para organizar a luta nacional unificada em defesa da Petrobrás, procurando envolver próprios e terceirizados.
Realização de setoriais nas bases para discutir a organizaçao da luta contra a privatização e pelas demandas específicas da categoria. – (27/02 a 06/03)
Promover fóruns de base estaduais / regionais (a exemplo da Conferência de Grevistas e OLTs do RJ) – (5 a 20 /março)
Ato no Edisen dia 10/03 (quinta), com caravanas do Sudeste, participação de delegações dos Estados mais distantes e incentivando a participação dos aposentados como pressão para reunião com Bendine
Ato em BSB a partir do resultado do dia 10
Visitas da FNP às bases da FUP, articulando com as oposições locais.
Buscar apoio nas outras categorias e realizar mobilizações junto com os movimentos sociais (como o grupo que hoje está se organizando nas Ilhas (Rio), que busca envolver trabalhadores da Transpetro, do Cenpes, comunidade científica, trabahadores e estudantes universitários e associação de moreadores etc.
Promover em todas as bases a campanha “TODO O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO”
Campanha de outdoors e inserção em rádios contra a privatização, desmonte e sucateamento do Sistema Perobrás e o desemprego.
Construir as OLTs para fortalecer a luta
Incorporar no calendário de mobilização o Dia do Chico Mendes e o Dia Internacional de Luta da Mulher
Fonte: FNP