Pagamento de dívida da Petrobrás à Petros elimina necessidade de equacionamento

Déficit Técnico

O déficit técnico de R$ 15 bilhões e o possível equacionamento do Plano Petros foi o tema central das palestras que Fernando Siqueira, conselheiro fiscal eleito do fundo, ministrou aos petroleiros do Litoral Paulista. No dia 24, a palestra aconteceu na sede do Sindicato, em Santos, e no dia 25 foi a vez dos petroleiros do Litoral Norte participarem da atividade, que ocorreu no Teatro Municipal de São Sebastião. Siqueira ainda aproveitou para falar da situação da Petrobrás, que fica ainda mais difícil com a aprovação da PLS 131, aprovada na última quarta-feira (24), pelo Senado.

Para Siqueira, a cobrança do equacionamento dos petroleiros é um equívoco, já que a Petrobrás, patrocinadora do plano, tem uma dívida com a Petros, referente ao déficit causado pelo não pagamento de Acordo de Obrigações Recíprocas (AOR). Na época, o valor chegava a R$ 10 bilhões, mas devido a acordo com a FUP, a Petrobrás se comprometeu a pagar R$ 4,7 bilhões. Este valor foi contabilizado pela Petros, mas não foi pago e hoje, com a atualização anual, chega a R$ 9,2 bilhões. Considerando que o acordo não foi pago pela Petrobrás, a empresa deve ainda cerca de R$ 9,8 bilhões ao fundo, o que daria ao plano um superávit de cerca de R$ 5 bilhões. É sobre esses números que os conselheiros da Petros embasam a defesa da categoria para que o equacionamento não seja cobrado dos petroleiros.

Também parte da Petrobrás a indicação para a diretoria da Petros. Sendo assim, os investimentos que tiveram prejuízos são de inteira responsabilidade da companhia. Segundo Siqueira, a diretoria de investimento tem até o fim de março para indicar os motivos que causaram os maus investimentos ao plano. Com isso, será possível cobrar punição aos culpados pelos erros cometidos, que em caso de fraude pode acarretar até em prisão dos envolvidos.

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Abaixo, entrevista concedida pelo conselheiro logo após a palestra realizada em Santos.

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