Engenheiro causa parada de emergência durante manutenção sem PT e avaliação de risco em Mexilhão

Plataforma de Mexilhão

Segundo relatos, desde a greve dos petroleiros, a gerência da Plataforma de Mexilhão cortou toda hora extra, a exceção de engenheiros lotados no Edisa e supervisores, que estão inclusive cobrindo férias de operadores.

O risco que os embarcados correm meramente por retaliação à greve, com a unidade sendo operada com homens sem a mesma experiência, treinamento e contato com a área operacional, torna-se ainda maior quando a gerência permite a manutenções sem emissão de PT e análise de risco, principalmente no turno da noite.

Nesta semana houve um ESD (parada de emergência) na plataforma. A parada ocorreu durante a execução de um trabalho sem PT, realizado por um engenheiro de base, num instrumento do sistema de incêndio da plataforma. A manutenção foi autorizada pela gerência e coordenação da unidade. Após o fato, a gerência esta tentando camuflar os reais motivos da ESD, que claramente ocorreu devido a um trabalho feito sem que fossem avaliados os riscos.

Diante das denúncias dos embarcados, o Sindicato irá cobrar da gerência explicações sobre utilizar supervisores e engenheiros sem experiência em operação e sobre a ESD, causada durante manutenção sem que fossem seguidos os procedimentos padrões, como emissão de PT e análise de risco.

Mesmo com a reestruturação da empresa os mandos e desmandos continuam e os trabalhadores estão pagando com a vida o preço do descaso.

É inadmissível que mesmo com o crescente número de acidentes, relatados pelos sindicatos em todo Sistema Petrobrás, as gerências ainda joguem com a sorte, arriscando vidas para punir os trabalhadores pela greve.