No litoral norte, futuro da Petrobrás domina diálogo do Sindicato com a base

UTGCA e TEBAR

Parte do compromisso da atual gestão de dar atenção permanente aos trabalhadores do Litoral Norte, os diretores da base de Santos, Adaedson Costa e Fábio Farofa, visitaram na quinta (18) e sexta-feira (19) o Tebar e a UTGCA para conversar com os trabalhadores e atualiza-los sobre os últimos fatos relevantes da companhia.

Questionamentos sobre os dias parados, pagamento da PLR, novo programa de demissão voluntária e reclamações sobre as condições de trabalho, que incluem relatos de assédio de gerentes e situações de insegurança nas unidades, fizeram parte de quase todas as rodas de conversa.

Mas nem por isso foram a principal preocupação da categoria. Como deve se reproduzir em todo o Sistema Petrobrás, os petroleiros e petroleiras do Litoral Norte estão muito preocupados com o futuro da Petrobrás. E, o que é positivo, questionaram o sindicato sobre quais as alternativas para virar o jogo e trazer a população para essa luta.

A venda de ativos e a entrega do pré-sal, que fragilizam a construção de um país soberano e abrem espaço para os interesses privatistas sobre a Petrobrás, são sem sombra de dúvidas as lutas prioritárias da categoria neste período. Lutas que, no entanto, não são de exclusividade dos petroleiros.

Neste sentido, os diretores reafirmaram a disposição do sindicato e da FNP de lutar pela construção de uma pauta comum de luta entre as 17 bases petroleiras do país. Porém, não só isso. Sabemos que os ataques aos trabalhadores se multiplicam de norte a sul do país, seja através da retirada de direitos, seja através das demissões. Mesmo diante de uma forte crise política, com o agravamento da polarização na disputa pelo poder, sabemos que até agora houve um acordo fundamental entre todos os governos e os patrões: despejar nas costas dos trabalhadores o preço da crise.

Por isso, mais do que sensibilizar a sociedade para a necessidade de defender a Petrobrás, precisamos cobrar de todos os sindicatos, centrais e demais organizações que entrem em luta para virar esse jogo. Os ataques não são isolados, neste sentido nossa resposta deve ser na mesma moeda, com um plano unificado de lutas que envolva todas as categorias de trabalhadores com o apoio dos movimentos sociais, dos estudantes, etc.

Além dos debates com a categoria sobre as questões específicas da Petrobrás, o Sindicato aproveitou a visita para fazer a distribuição da cartilha elaborada pelo Departamento de Mulheres que aborda o assédio sexual e os riscos ocupais às petroleiras grávidas, lactantes e puérperas. Na UTGCA, também foi distribuído informativo sobre problemas específicos da unidade.