Em Brasília, dirigentes da Sindipetro-LP cobram de deputados no Congresso rejeição do PLS 131

Luta contra entrega do pré-sal

Nesta segunda-feira (28), dirigentes do Sindipetro Litoral Paulista iniciaram o dia em Brasília (DF) para pressionar os deputados federais a rejeitar o PLS 131, que aprofunda a entrega do petróleo brasileiro ao retirar da Petrobrás a exclusividade sobre a operação do pré-sal e a participação mínima de 30% nos campos licitados do pré-sal.

O projeto, de autoria do senador José Serra (PSDB), foi aprovado no Senado após acordo com o governo Dilma (PT) que resultou em um substitutivo que agora tramita na Câmara dos Deputados sob a forma do PL 4567/16.

Adaedson Costa e Fábio Mello, percorreram com outros dirigentes sindicais os gabinetes dos deputados para expor a posição dos sindicatos e cobrar dos parlamentares a rejeição do projeto, que representa um duro ataque à soberania nacional. Parte do dia foi dedicado especialmente a conversar com os deputados que participarão da Comissão Especial destinada a emitir um parecer sobre a alteração do marco regulatório do Pré-sal. 

Essa iniciativa, aliás, é parte da ação unitária articulada entre FNP e FUP. Conforme divulgamos, uma das medidas construídas foi justamente fazer em conjunto incursões no Congresso Nacional e nas entidades sociais e sindicais para promover o debate acerca da defesa da Petrobrás.

O próximo passo é a construção de uma Audiência Pública, em Brasília, planejada inicialmente para esta quarta-feira (30). No entanto, diante dos trabalhos e da repercussão envolvendo a comissão do impeachment da presidente Dilma Rousseff, há grande dificuldade do agendamento desta data, até mesmo pela dificuldade de quórum. “Toda a sociedade, bem como os petroleiros, tem a responsabilidade de defender o maior patrimônio deste país, o Pré-sal e a Petrobrás. Continuamos acreditando”, declarou Adaedson, secretário-geral da FNP e coordenador-geral do Sindipetro-LP.

Ressaltamos a importância de toda a categoria, não apenas os dirigentes sindicais, tomarem pra si a tarefa de lutar em defesa da Petrobrás, combatendo a entrega do pré-sal e o desinvestimento.  O esforço realizado até aqui, que inclui a participação em seminários, audiências e debates que envolvem o tema da Petrobrás, deve ser acompanhado da participação direta dos próprios trabalhadores. É dessa forma que conseguiremos sensibilizar toda a sociedade e construir a necessária pressão e mobilização popular para barrar os ataques sobre um dos maiores patrimônios do país.