Proposta do PCAC da Transpetro não atende os trabalhadores

Nesta sexta-feira, 28 de julho, a Frente Nacional dos Petroleiros iniciou as rodadas de negociação com a Transpetro para discussão de um Plano de Cargos e Salários (PCAC). A FNP quer negociar com todas as subsidiárias da Petrobrás, para definir um único Plano para todo o Sistema Petrobrás.A próxima reunião já está marcada para quinta-feira, dia 2 de agosto, às 14 horas, no Rio de Janeiro.A estrutura do Plano apresentada pela Transpetro não se diferencia da que foi oferecida para os trabalhadores da Petrobrás.Entendemos que ainda há problemas na proposta, assim como no PCAC oferecido para os trabalhadores da Petrobrás, pois não atende os anseios da categoria. Ela ainda está aquém das reivindicações feitas pela Frente Nacional dos Petroleiros, pois também amplia a discriminação com os aposentados.Outro ponto não atendido é a reposição dos níveis não concedidos para trabalhadores inativos que participaram das greves. A empresa propõe a recomposição entre 1995 e 2002, mas a FNP entende que este período deve ser estendido até 2007. Muitos dos trabalhadores que participaram das greves de 94 e 95 foram cedidos à Transpetro e hoje, teriam o direito a reparação das perdas salariais deste período.Na atual estrutura do Plano há 15 carreiras para Nível Médio, com 36 cargos e 15 carreiras para Nível Superior, com três classes (A B e C) e 45 cargos.Na nova proposta da Transpetro as carreiras passam a ser divididas em dois grupos: K e L, com duas tabelas para concessão de níveis (A e B), com aumento de 1,9% (meio nível/progressão horizontal) e de 3,8% (internível/progressão vertical).Veja abaixo os principais pontos do Plano:- Ganho mínimo de 3%;- Abono de 30%;- Três categorias (junior, pleno e sênior) em todas as carreiras;- Fim da sobreposição de níveis;- Mobilidade de 18 meses entre referências salariais (A/B) para avanço de nível;- Promoção automática após três anos no último nível da referência B do cargo junior (NM e NS);- Mecanismo de reconhecimento para os topados em suas carreiras;- Reposição de até quatro níveis (1995 a 2002);- Enquadramento de todo empregado com mais de 10 anos de experiência no cargo para a categoria Pleno;- Promoção (NM e NS) definida de acordo com um determinado percentual de candidatos, ficando os recursos destinados somente para avanço de nível;- Criação de novas carreiras e inclusão das carreiras extraplano e em extinção;- Diferenciação de tabela para os ativos.