Terceirizados da Tomé deflagram greve por direitos e contra condições precárias de trabalho

RPBC

Os 240 empregados ativos da Tomé Engenharia, subempreiteira da Tecnip em operação na Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC), estão em greve desde a segunda-feira (18). A paralisação foi aprovada na quarta-feira (13), em assembleia do Sintracomos, por sérios problemas no plano de saúde Mapfre, que substituiu a Unimed.

O presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz, lembra que, quando a Tomé tinha de 4 a 5 mil trabalhadores na refinaria, a Unimed “gostava da carteira. Quando foi caindo o número de empregados, ela não quis mais”.
Segundo o sindicalista, a subempreiteira tem hoje apenas 350 empregados, sendo 110 afastados por questões de saúde. “E aí reside o problema”, diz Macaé.

Ele explica que o plano Mapfre “não atende direito na baixada santista e que o departamento de recursos humanos da Tomé acaba sendo o responsável pelo cadastramento de médicos”.
“Isso jamais poderia dar certo”, reclama o presidente do Sintracomos, “até porque a maioria dos profissionais de saúde não quer prestar serviços a esse plano, argumentando que ele paga mal”.

“A situação é tão grave”, segundo Macaé, “que, dia desses, um operário apareceu na subsede do sindicato, em Cubatão, saído há poucos dias de uma cirurgia, com pontos e sangramento na barriga”.
Ele revela que muitos trabalhadores e familiares dependentes, alguns com doenças graves, esperam o início de tratamentos e cirurgias que o plano não oferece.

A greve é também contra condições de trabalho ruins, falta de equipamentos de segurança e acúmulos de funções que obrigam o pessoal a trabalhar além de suas possibilidades.

Fonte: Sintracomos