Sindipetro traça plano de ações para combater desmandos no terminal

Tebar

O Terminal Almirante Barros (Tebar), em São Sebastião, tem  se tornado  campeão em irregularidades e práticas antissindicais. Os  problemas vêm desde  redução de quadro de turno, redução do quadro mínimo,  até punição após a  greve, realizada no ano passado, com a nomeação de  engenheiros à Coturs.

 Diante desse cenário tenebroso e de inúmeras tentativas do  Sindipetro-LP em  barrar essas investidas da gerência do Terminal, a nossa  Diretoria traçou um  plano de ações para colocar de vez essa unidade nos eixos.

 Em um primeiro momento, serão produzidas faixas com  inscrições repudiando as  práticas antissindicais existentes em decorrência do  movimento paredista.

 O nosso corpo jurídico oficiará denúncia junto ao  Ministério do Trabalho e  Emprego e Trabalho (MTE) e Ministério Público do Trabalho  (MPT), com cópia a  Transpetro e  Petrobrás, sobre as práticas promovidas  pela gerência do  Tebar, bem como, sobre ordens ilegais orquestradas pela  chefia que colocam  em risco a comunidade e o meio ambiente. O Sindipetro  oficiará denúncia para  órgãos fiscalizadores competentes sobre a não  conformidade da brigada de  incêndio do Tebar e os riscos que isso acarreta à  comunidade, à força de  trabalho, ao patrimônio da empresa e ao meio ambiente.

 Além disso, serão  peticionadas ações que tratarão da destituição do  sobreaviso de parte da  equipe de manutenção, CTO e supervisores que aderiram à  greve de 2015.

 Serão realizadas setoriais para conscientizar os  petroleiros sobre a conduta  equivocada perpetrada pela gerência e também serão  repassadas orientações  aos técnicos de operação nas setoriais sobre a ambiência  com os Coturs,  resumidamente, indicando que:

 a) O técnico de operação não deve treinar Cotur  engenheiro, pois treinar é  função do RH Transpetro, em sua diretriz número 1.

 b) Apesar de ser uma das atribuições do cargo, o técnico  de operação não irá  transmitir seus conhecimentos aos novos Cotur. Essa  realidade só existiria,  se caso a gerência não tivesse destruído a ambiência  favorável e necessária,  de acordo com a diretriz número 4 do RH da Transpetro.

 Nesse sentido, segue  a orientação do nosso Departamento Jurídico do Sindipetro  "as normas da  empresa garantem ao trabalhador a escolha em transmitir ou  não seus  conhecimentos para outro empregado da companhia, baseado na  confiança das  informações compartilhadas e desde que haja ambiência  favorável."

 

 c) Após o próximo dia 1° de maio, confirmadas às  destituições dos  supervisores, será realizada Operação Padrão, ou seja,  só deverão ser  realizadas as ordens que vierem expressas, por quem tem  competência para  dá-las, e desde que elas não conflitem, com as normas da  empresa, as normas  regulamentadoras e as leis do país. Na dúvida o  trabalhador não deverá  executar nenhuma tarefa.

 

 A Diretoria do Sindicato também irá pautar, em reunião, a  articulação de um  movimento grevista contra as irregularidades cometidas  dentro do terminal, e  com isso irá alavancar movimento geral no Litoral Paulista  contra todo tipo  de abuso cometido pela companhia em decorrência da greve de  2015.

 

 E por fim, todos os grevistas destituídos que tiverem  direito a indenização  ou manutenção de remuneração terão assistência  jurídica.