Com atraso na Alemoa, Sindipetro-LP dá sequência às mobilizações

Em defesa do pré-sal e da Petrobrás

O trabalho permanente de diálogo do Sindipetro-LP com a categoria começou na manhã desta quarta-feira (11) com atraso na entrada do ADM e turno do Terminal Alemoa, em Santos, onde o debate da privatização e sucateamento da Petrobrás ganha peso com a terceirização das caldeiras da unidade (leia mais).

Na Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão, onde os atrasos iniciados no dia 11 de abril completaram 23 dias, os trabalhadores de turno seguem mobilizados para exigir da gerência da unidade uma resposta positiva às suas reivindicações. Na última terça (10), aliás, foi realizada a primeira setorial do Sindicato com os grupos 1, 3 e 4 para tratar dos atrasos pelo abono da viradinha e pelo quadro mínimo seguro na UT-2. Na quinta-feira (12), às 18 horas, na sede do Sindicato, em Santos, terá uma nova setorial para contemplar o debate com os grupos 2, 4 e 5.

Mais do que preparar os trabalhadores para conquistar suas reivindicações mais imediatas, que se apresentam na aparência muitas vezes como um problema local, o Sindicato vem buscando mobilizar a categoria para a defesa, na verdade, de dois patrimônios estratégicos para o país: o pré-sal e a Petrobrás. Todos esses ataques, dos mais gerais aos mais específicos, compõem um conjunto de medidas que tenta, de um lado, retirar e rebaixar os direitos trabalhistas dos petroleiros e, de outro, fragilizar e sucatear o patrimônio da Petrobrás. Dessa forma, abre-se o caminho para a privatização da companhia e do pré-sal. É contra este plano, que vem na esteira do ajuste fiscal do governo, que devemos lutar.

Neste sentido, mais do que resistir aos ataques que certamente um futuro governo Temer tentará implantar sob o falso discurso do “sacrifício”, o Sindicato vem buscando organizar a categoria para lutar contra os ataques que já vem sendo implantados através do desinvestimento. Os leilões do petróleo, as demissões por meio do PIDV, o calote na PLR e a venda de ativos valiosos são medidas atuais e não futuras. Portanto, são medidas que necessitam de uma resposta imediata da classe, independentemente do desfecho da atual crise política e econômica que domina e paralisa o país. Aliás, nos mobilizar desde já é a forma mais efetiva de acumular forças para resistir aos ataques que o Congresso e um futuro governo Temer, caso o impeachment passe no Senado, tentarão aplicar contra todos os trabalhadores.