Categoria cruza os braços por duas horas em todas as unidades do Litoral Paulista

Boas vindas ao novo presidente

De braços cruzados. Foi assim, com atrasos de duas horas em todas as unidades de terra operacionais da Petrobrás, que os petroleiros e petroleiras do Litoral Paulista iniciaram a manhã desta sexta-feira (20). Os protestos, que também atingiram outras regiões do país como Alagoas, Sergipe e Rio de Janeiro, acontecem um dia após a nomeação do novo presidente da Petrobrás, Pedro Parente. 

As mobilizações envolveram petroleiros dos regimes de turno e administrativo, atingindo simultaneamente a Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão, UTE Euzébio Rocha e Terminal Pilões, em Cubatão; Terminal Alemoa, em Santos; Terminal Almirante Barroso, em São Sebastião; e Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba. No horário do almoço, o Sindicato realizou uma agitação em frente ao Edisa Valongo, em Santos, oportunidade em que aproveitou para conversar com a categoria.

O protesto, aprovado pela categoria em assembleia no último dia 17, integrou o Dia Nacional de Mobilização – iniciativa da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) em defesa da Petrobrás e do pré-sal. Bases do Sindipetro Rio de Janeiro, como TABG e UTE-BLS/PF, e do Sindipetro Alagoas/Sergipe, como Carmópolis, Pilar e Furado, também tiveram atrasos e atos no início do expediente. “Desde o ano passado, a direção da empresa vem tentando implantar uma agenda de retirada de direitos e desmonte da companhia para fazer caixa. Não achamos que essa seja a saída. Com o novo governo, e novo presidente, esse plano certamente continuará e terá uma face mais agressiva”, afirmou Adaedson Costa, coordenador-geral do Sindipetro-LP e secretário-geral da FNP.

O sentimento da categoria é de repúdio à nomeação de um ex-ministro de FHC, conhecido por seu perfil privatista e neoliberal. Para a categoria, fica cada vez mais evidente que a tentativa do governo de Temer será dar continuidade à política de desinvestimentos de Dilma – aplicada através da venda de ativos, demissões, retirada de direitos e outros ataques. Aliás, se possível, ao melhor estilo FHC, o governo Temer tentará pelas mãos de Parente aplicar um ajuste ainda mais profundo aos petroleiros e ao povo brasileiro.

Por isso, é mais do que urgente a unidade nacional de toda a categoria petroleira para enfrentar qualquer governo que tente privatizar a Petrobrás e vender o pré-sal. Nos próximos dias 28 e 29 de maio, sábado e domingo, os petroleiros do Litoral Paulista têm dois compromissos importantes para fortalecer e organizar a batalha contra esses ataques. O Congresso Regional e a 2ª Caminhada em Defesa do Pré-sal e da Petrobrás.

Contamos com a participação de cada petroleiro e cada petroleira. Diante de tantos ataques, precisamos dar uma resposta à altura. Juntos, somos mais fortes!