RPBC: Assembleia irá deliberar sobre mobilizações da viradinha e quadro da UT-2

Dia 17 de junho

O Sindipetro-LP convoca todos os trabalhadores de turno da RPBC à assembleia dia 17 de junho para deliberarmos os rumos e encaminhamentos sobre a retirada da viradinha e quantitativo de quadro mínimo da UT-2. Em virtude da assembleia, as setoriais que estavam marcadas estão canceladas. A assembleia terá primeira chamada às 17h30 e a segunda às 18 horas.

​Como é de conhecimento de toda categoria, para fazer valer um quadro digno para UT-2 e o abono da viradinha de turno, que foi retirado por decisão unilateral do antigo gerente geral da refinaria, como forma de retaliação à greve de 23 dias, estamos realizando atrasos diários, que no dia 11 de junho completará dois meses de mobilização. É importante a participação de todos os trabalhadores de turno para juntos deliberamos o melhor caminho.

Quadro efetivo mínimo na HDT-2
Em condicionamento de partida desde abril, a UT-2, tradicionalmente chamada de HDT2, é parte do processo de modernização da RPBC iniciado cerca dez anos atrás para garantir uma produção de diesel com baixo teor de enxofre. No entanto, diante da crise econômica e política da Petrobrás o projeto inicial foi completamente desfigurado. Concebida inicialmente para ter um alto índice de automação e instrumentação, a empresa impôs à UT-2 o máximo de cortes possíveis. O corte de investimentos em tecnologia teve como resultado prático a necessidade de mais mão de obra.

No final de abril, o Sindicato entregou à gerência da refinaria um estudo técnico que comprova, baseado nos padrões e critérios de segurança da própria Petrobrás, a necessidade de um quadro mínimo coerente com as normas da companhia e da legislação vigente.

Baseado neste estudo e após fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na última terça-feira (7), seguido por audiência na 5ª Vara Trabalhista de Cubatão e por reunião com o GG, ambas na quarta-feira (8), a Petrobrás irá apresentar o desdobramento final a ser exposto ao sindicato e trabalhadores no dia 15, com a formalização oficial do quantitativo do quadro mínimo da unidade.

Durante a reunião com o gerente geral, fomos informados que por se tratar de interesse corporativo não há o que fazer sobre a retirada da viradinha, pois a Petrobrás pretende retirar a folga da zero hora de todas as unidades em que há essa prática. Não nos parece um argumento razoável, sequer aceitável, porque se há uma luta que estamos travando desde o ano passado é justamente a política de desinvestimento, aplicada sob diversas formas: venda de ativos, demissão com PIDV, retirada de direitos.