Após recuo da gerência, petroleiros suspendem atrasos na RPBC e UTE EZR

Direitos

Por ampla maioria de votos, os petroleiros e petroleiras presentes na assembleia da última sexta-feira (17), na sede do Sindicato, em Santos, decidiram pela suspensão dos atrasos realizados na RPBC por mais de 60 dias. Essa luta, inserida no contexto de desmonte da Petrobrás e dos direitos da categoria, foi construída com dois eixos: a briga pelo retorno do “abono da viradinha” e a reivindicação por um efetivo seguro de trabalho na UT-2 - unidade recém-inaugurada na refinaria.

A decisão da assembleia foi tomada diante do recuo parcial da gerência da refinaria, que retomou como quadro mínimo da UT-2 cinco operadores. Entretanto, justamente por ainda ser insuficiente e não contemplar a reivindicação da categoria e Sindicato, seguimos batalhando para que esse efetivo seja maior. Neste sentido, segue em curso a negociação desta pauta nos órgãos públicos competentes e também internamente. A categoria deliberou ainda que qualquer descumprimento da empresa deste acordo resultará imediatamente na retomada dos atrasos.

Em relação à viradinha, já judicializada, o Sindicato vai manter todos os esforços para garantir esse direito definitivamente na Justiça. Porém, foi deliberado em assembleia o não retorno do trabalhador quando ele fizer a viradinha, como aliás já vem orientando o Sindipetro-LP aos trabalhadores.

Ressaltamos que esta vitória parcial, ainda insuficiente e por isso apenas uma etapa desta luta, foi conquistada graças à mobilização da categoria. Entendemos o desgaste de uma luta tão extensa, mas para nós não fica dúvida de que só a luta muda a vida. Além disso, devemos entender essa batalha como um ensaio da verdadeira guerra que devemos travar no atual período: a defesa da Petrobrás e do pré-sal brasileiro. Parabéns aos petroleiros, juntos somos mais fortes!