Conselheiros reconhecem déficit e equacionamento, mas rejeitam "rombo"

Crise na Petros

Os principais veículos de comunicação da grande imprensa divulgaram nesta sexta-feira (24), com bastante alarde, o déficit da Petros. A informação é de que o valor registrado acumulado em 2015 seja de R$ 23,1 bilhões. Os resultados foram apresentados na última quinta-feira, 23, aos conselheiros do fundo. Ao ter um déficit mais de três vezes acima do limite de tolerância permitido (16,1 bilhões), a legislação prevê um plano de equacionamento. De acordo com a imprensa, seriam estabelecidos no caso da Petros percentuais adicionais de contribuições por um prazo de até 18 anos.

Ainda de acordo com os jornais, o montante de 16,1 bilhões de reais acima do limite de tolerância será equacionado de forma igualitária entre os patrocinadores e participantes e assistidos, disse a companhia. "Assim, a Petros deverá elaborar, ao longo de 2016, um plano de equacionamento de déficit, que aumentará as contribuições dos patrocinadores, dos participantes e assistidos do PPSP a partir de 2017", afirmou a estatal em fato relevante.

Recentemente, após palestra na sede do Sindipetro-LP, em Santos, os conselheiros eleitos da Petros concederam entrevista e comentaram este assunto, apontando os principais erros e quais as alternativas para os trabalhadores diante desta crise. Como consenso, ambos sinalizam que a situação é preocupante e pressupõe, sim, um equacionamento do plano. Por outro lado, frisaram que não existe um rombo - termo usado de maneira recorrente pela grande imprensa - e nem o risco dos assistidos não terem os seus benefícios pagos regularmente.

Contrariando o alarde sobre uma possível quebra do plano, Sinedino comenta que o cenário está longe de ser esse. “Não tem chance de quebrar e se a gente lembrar, como Brandão nos recorda, o fundo já chegou a ter 140% de déficit e não quebrou. Hoje a gente não está nem com 30% de déficit, portanto não há motivo nenhum para quebrar”.

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