Novo incidente causa banho de óleo em trabalhador

UTGCA

A Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA) qualquer dia vai ganhar o prêmio da unidade campeã em incidentes e acidentes de processo. No dia 1° de julho houve um vazamento de óleo diesel na área dos TG´s (operação).

Durante uma operação de descarregamento de óleo diesel, em um dos tanques de combustível, houve o rompimento do mangote o que acabou por banhar o operador, que trabalhava no local, com diesel.

Sem realizar uma Análise Preliminar de Risco (APR), o gerente ordenou que repetissem o trabalho, o que ocasionou um novo rompimento do mangote e outro banho de óleo no mesmo petroleiro.

Mais uma vez, sem estudar devidamente a situação e realizar uma APR detalhada, o mesmo gerente ordenou que continuassem a operação, ocorrendo um terceiro rompimento de mangote, sendo que desta vez, não atingiu ninguém.

Depois de tantos erros e problemas, o supervisor e o gerente resolveram interromper a operação. E só depois disso é que perceberam que o tanque estava cheio e que a peça estava rompendo por atolamento. Além disso,o volume real do tanque é de 18 m³, só que eles consideraram com capacidade de 30 m³. E o que é pior: é que os indicadores de nível tanque estavam incorretos, o que foi desprezado pelos gestores.

Quem trabalha na área sabe que se mangote não tivesse rompido, o tanque poderia ter estourado, pelo fato da  bomba do caminhão ser alternativa, podendo causar um acidente ainda mais grave.

Diante desse quadro de puro amadorismo por parte da chefia fica uma pergunta. Será que houve abertura de RTA e CAT, já que o operador tomou dois banhos sucessivos de óleo diesel, além de ter vazado  para o meio ambiente?

Como é que uma operação que era organizada por um supervisor e um gerente interino de operação, que na teoria deveriam saber o que estavam fazendo, acaba de uma forma dessas?

O Sindipetro-LP está ciente do ocorrido e cobra uma posição mais incisiva por parte da gerência do ativo, no sentido de fiscalizar essas ocorrências, e envolver a CIPA também nesse debate.

 

Situações como essas não devem ocorrer dentro da UTGCA e de nenhuma outra unidade do sistema Petrobrás.