Petroleiros da RPBC e Bacub organizam atrasos em defesa da Petrobrás

2° dia da Caravana Unitária de Lutas

Petroleiros do Litoral Paulista, São José dos Campos e Unificado São Paulo participaram nesta terça-feira (2) de atrasos na RPBC e no Bacub (antigo Tecub), distribuidor BR em Cubatão. Os atrasos fazem parte da Caravana Unitária de Lutas, que durante toda semana estará em alguma unidade do Sistema Petrobrás instaladas no estado paulista. Na segunda-feira (1), o atraso foi na Replan, em Paulínia. A ação é promovida pelos Sindipetros do estado de São Paulo, que tem como objetivo mobilizar a categoria para, unidos, barrar a venda da BR Distribuidora, subsidiárias, campos terrestres e maduros, impedir a entrega do pré-sal para as empresas estrangeiras e fazer valer os acordos dos trabalhadores com a Petrobrás. Nenhum direito a menos!

Os petroleiros da RPBC participaram atentos aos informes dos diretores sindicais. Conscientes da situação da empresa e dos riscos que sofrem com a avalanche de ações que retiram direitos e aceleram a entrega de ativos e do pré-sal, os petroleiros concordam que não haverá retrocesso no entreguismo sem mobilização. “Devemos conscientizar toda sociedade que protegendo a Petrobrás estaremos lutando contra o desemprego, contra a pobreza e pela soberania nacional”, disse Adaedson Costa, coordenador do Sindipetro-LP.

Atraso no terminal da BR em Cubatão
A mobilização no Bacub começou por volta das 4h, quando os diretores do Sindiminérios fecharam a entrada de caminhões na BR, impedindo que entrassem na unidade. Os portões só foram liberados após o atraso, que durou cerca de duas horas, às 8h.

“Agora não existe mais petroleiro da BR, da Transpetro, refinarias ou ADMs. Somos todos trabalhadores do Sistema Petrobrás, que enfrentam o fatiamento da companhia e um dos maiores ataques da história da empresa”, alertou Cesar Augusto, diretor do Sindipetro-LP, durante o atraso.

Em pouco tempo de mobilização um grande número de caminhões foi se formando em torno do terminal. Satisfeitos com o resultado da mobilização, os trabalhadores demonstraram confiança e já programam outros atrasos contra a venda do controle da BR Distribuidora. “A BR tem papel estratégico e social para o Brasil. Somente uma empresa estatal como a Petrobrás criaria toda uma logística para abastecer os rincões do país. Se abrirmos a empresa para o mercado privado os acionistas questionarão a necessidade de manter uma estrutura que não acrescenta lucro para seus acionistas”, acrescentou o diretor.