FNP inicia caravana de mobilizações com atraso no Litoral Paulista

Movimento petroleiro

Os petroleiros da Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão e da Usina Termelétrica Euzébio Rocha amanheceram nesta segunda-feira (5) de braços cruzados. A FNP promoveu um atraso no início do expediente da força de trabalho para conversar com a categoria sobre a situação da empresa e do país.

A mobilização foi o pontapé inicial da caravana de mobilizações da FNP. O objetivo é percorrer neste mês de setembro as bases dos cinco sindipetros que formam a federação para preparar a categoria para os embates necessários que se avizinham com a proximidade da campanha reivindicatória.

A tarefa não é fácil, porém necessária. Na ordem do dia, colocar a categoria em movimento para barrar a retirada de direitos, a entrega do pré-sal e a privatização da Petrobrás. Sozinhos, os petroleiros serão incapazes de conduzir com sucesso essa empreitada. Por outro lado, é necessário que a categoria petroleira tome pra si a responsabilidade de ser a linha de frente de uma luta que não se resume à preservação do emprego.

Como não poderia ser diferente, boa parte das intervenções dos dirigentes dos sindipetros Litoral Paulista, São José dos Campos e Rio de Janeiro presentes no ato se concentrou na denúncia do governo ilegítimo de Temer, alçado ao poder através de um golpe parlamentar que atinge todos os brasileiros. Se diante do governo Dilma já se apresentava para os trabalhadores a necessidade de resistir ao ajuste fiscal, a tarefa agora é ainda maior na medida em que os ataques são ainda mais profundos.

Para alguns, inclusive, o desafio atual é ainda mais duro que aquele diante de FHC. Privatizações, corte por até 20 anos de investimentos em saúde e educação, reformas trabalhista e previdenciária, são apenas alguns dos ataques que Temer pretende aplicar contra o povo.

Entretanto, esta não é uma luta perdida. O ato realizado ontem, na Avenida Paulista, com mais de 100 mil pessoas contra o governo Temer demonstra que há entre os brasileiros a disposição de derrubar um governo que jamais passaria pelo crivo das urnas. Seja nas ruas, seja nos locais de trabalho, é preciso construir a mais ampla unidade na luta para tirar o pais das mãos de Temer e seus aliados.

Neste sentido, mais uma vez foi reivindicada como necessária e estratégica a construção de uma mobilização unificada entre petroleiros, bancários e trabalhadores dos correios. Assim como o ato realizado ontem, a concretização de uma greve dessas três categorias estratégicas da classe trabalhadora brasileira pode servir como uma grande injeção de ânimo para os trabalhadores de todo o país.

Durante o ato desta manhã, dirigentes do Sindipetro-LP ainda aproveitaram para dar sequência à campanha “Do pré-sal não abro mão”, recolhendo assinaturas dos trabalhadores e divulgando o site presalnaoabromao.com.br. Você que ainda não assinou o abaixo-assinado, contra a venda do pré-sal e o desmonte da Petrobrás, acesse agora o site e participe. Além disso, divulgue aos amigos e familiares esta luta. Defender a Petrobrás é defender o Brasil!