Em plena fase de redução de custos, gerência da UTGCA resolve alterar o layout da área operacional

Litoral Norte

Apesar da diretoria da Petrobrás ter divulgado uma carta à força de trabalho informando que esse ano não haverá aumento real de salário, alegando que a companhia está atravessando uma fase "difícil" de endividamento, a gerência da UTGCA, na contramão, resolveu gastar mais do que o necessário. Foi divulgada uma circular interna informando que a partir do dia 12/09, será iniciada a realocação da cerca próxima à casa de controle e ao laboratório, além da construção de calçadas, cujo prazo de duração será de 80 dias.

No entanto, nessa mesma nota, não foi informado os motivos pelos quais foi aprovada essa mudança, tampouco foi divulgado se esse processo foi discutido previamente com os trabalhadores lotados nos prédios envolvidos. A única informação que chega até a força de trabalho, por meio de DDS, é que essa adequação está sendo implementada com o objetivo de permitir a utilização de aparelhos celulares nesses recintos. Porém, a reclamação que está chegando até os diretores do Sindicato é de que o real intuito dessa mudança é para controlar o tempo em que "efetivamente" os técnicos de operação permanecem na área operacional, já que a utilização de celulares pode muito bem ser controlada de outra forma. O mais absurdo disso tudo é que está se gastando dinheiro para algo que já está causando insatisfação na própria força de trabalho.

PartiCIPAação: A CIPA da UTGCA sequer foi consultada para participar, sugerir ou opinar sobre essa proposta de mudança. Há alguns meses, tivemos um acidente grave dentro do laboratório da UTGCA, que ocasionou uma explosão repentina em uma de suas capelas. "Não dá pra, simplesmente, descaracterizar o prédio do laboratório como área operacional. Precisamos garantir que as pessoas que trabalham e circulam no prédio utilizem os EPIs recomendados e estejam vestidos de forma adequada, ou seja, camisa, calça ou macacão RF. Estaremos cobrando uma atuação efetiva da CIPA no acompanhamento dessa demanda", comenta o diretor do Sindipetro-LP, Tiago Nicolini.

Os diretores do Sindipetro-LP irão questionar aos gestores da unidade a respeito dessa decisão unilateral de modificar o layout da cerca sem consultar os trabalhadores envolvidos e a CIPA. Não podemos tolerar que mudanças mal planejadas possam impactar negativamente na rotina operacional desses trabalhadores.