Caravana de Greve da FNP realiza atraso no Tebar contra retirada de direitos e privatização

ACT

Com um atraso de pouco mais de duas horas no Tebar, o Terminal Almirante Barroso, da Transpetro, em São Sebastião (SP), a Federação Nacional dos Petroleiros iniciou mais um ciclo de mobilizações em suas bases na manhã desta quinta-feira (27).

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Com isso, pela segunda vez em pouco mais de um mês, dirigentes da FNP se deslocam para as unidades da companhia para conversar com os petroleiros e petroleiras sobre as negociações do ACT e o processo de privatização da Petrobrás. Com o avanço das medidas impopulares do governo Temer, a pauta das paralisações não tem sido restritas aos problemas específicos da categoria. Nesse sentido, na paralisação desta quinta-feira os petroleiros terceirizados também participaram do atraso.

Esta nova rodada de mobilizações, no que ficou conhecido como Caravana da FNP, foi definida na última reunião da direção da FNP, realizada na quinta-feira (20), que avaliou e indicou às assembleias de base a rejeição da última contraproposta da Petrobrás para o ACT.

Na primeira quinzena de setembro, foram visitadas bases dos cinco sindipetros filiados (LP, SJC, RJ, AL/SE e PA/AM/MA/AP).

Unidade para barrar retirada de direitos e privatização
Uma importante iniciativa foi tomada pelos petroleiros do Litoral Paulista na assembleia de 24 de outubro. Por unanimidade, os trabalhadores presentes aprovaram o envio de ofício aos outros 16 sindipetros do país convocando para uma reunião, em Santos, no dia 9 de novembro, com o objetivo de discutir e construir um Comando Único de Greve.

De acordo com o secretário geral da FNP e dirigente do Sindipetro-LP, Adaedson Costa, um dos objetivos da caravana vai ao encontro dessa iniciativa do Litoral Paulista: construir a unidade da categoria e da classe trabalhadora frente aos ataques do governo Temer e da gestão Partente.

“Estamos conversando com os trabalhadores sobre a importância de estarmos juntos na construção da greve nacional petroleira e depois alcançar a greve geral de todos os trabalhadores para barrar toda essa retirada de direitos e qualquer venda de ativo da Petrobrás. Apelamos a todos os dirigentes para que reflitam sobre este momento e deem um passo na construção dessa unidade, nos ajudando a construir essa reunião”.

Petrobrás mantém retrocessos e não quer negociar
Por se tratar de uma proposta muito aquém da pauta da categoria entregue à Petrobrás no dia 26 de agosto, mantendo a mesma política da primeira contraproposta de arrocho salarial com reajuste abaixo da inflação e retirada de direitos, a FNP está indicando que a categoria rejeite a proposta e organize atividades de mobilização nas assembleias de base, que estão acontecendo até o dia 1º de novembro, como forma de pressionar a gestão Parente a apresentar uma nova proposta que atenda aos anseios da categoria petroleira.

A direção da FNP está denunciando à categoria o desinteresse da gestão Parente em negociar a renovação do ACT com as entidades sindicais. O RH da Petrobrás se negou a negociar, de fato, a segunda contraproposta apresentada na semana passada e, como resposta, a direção da FNP decidiu não participar de uma reunião figurativa. A FNP explicou sua posição em matéria e vídeo publicados nos seus meios de comunicação.

Com informações da FNP