Em dia de protestos em todo Brasil, Petroleiros realizam atrasos na Alemoa e UTGCA

Nenhum direito a menos

A manhã desta sexta-feira (11) começou com paralisação no Terminal Alemoa da Transpetro, em Santos e na UTGCA, em Caraguatatuba. Petroleiros diretos e terceirizados atrasaram o início do expediente para conversar com o Sindicato sobre o ACT e os ataques de Temer à Petrobrás, que vive um grave processo de desmonte, e ao conjunto da população. Em pauta, medidas como a PEC 241 (agora 55 no Senado) e as reformas trabalhista e previdenciária.

A atividade em Santos contou com a participação de sindicatos que compõem a Frente Sindical Classista da Baixada Santista. A Frente, formada recentemente, visa reunir os sindicatos combativos da região para lutar de maneira unificada contra os ataques que afetam todos os trabalhadores. Em Caraguatatuba, a paralisação teve a participação do Sintrico

Após conversar por cerca de uma hora com terceirizados e diretos, o Sindipetro-LP reservou um momento para a discussão restrita ao Acordo Coletivo de Trabalho. A empresa, que oferece reajuste abaixo da inflação e tenta retirar direitos, promete entregar uma nova proposta semana que vem. Cabe à categoria, mobilizada, pressionar a direção da companhia a apresentar uma proposta digna, coerente com a riqueza produzida pelos trabalhadores.
 

Repressão policial em atraso na UTGCA
Na UTGCA, em Caraguatatuba, o atraso dos trabalhadores promovidos pelo Sindipetro-LP junto com o  Sintricom foi dificultado pela ação da Polícia Militar, que de forma desproporcional à mobilização dos sindicatos, enviou força tática com várias viaturas para desbloquear a entrada na unidade.

A motivação em acabar com o atraso na unidade da Petrobrás levou os policiais a utilizarem um decibelímetro, alegando que o som alto do carro de som do Sintricom estaria infringindo a lei do silêncio da cidade.  Ainda que o som estivesse alto, o que não foi comprovado, a UTGCA fica em uma área distante da área comercial ou residencial de Caraguatatuba. Os policiais tentaram também intimidar o protesto, ameaçando rebocar um dos carros usados pelos sindicatos. 

Mesmo com a repressão policial, o atraso durou cerca de duas horas, encerrando por volta das 9h.

As mobilizações continuam ao longo do dia. Às 12 horas, a Frente realizará ato na Praça da Alfândega com os trabalhadores do Sintrajud. Já às 15 horas, distribuição do 1º boletim da Frente, no centro de São Vicente. Às 18 horas, ato dos estudantes da Ocupação da Unifesp Silva Jardim na Praça da Independência, em Santos.