Sem resposta para as demandas da categoria, Sindipetro-LP pede substituição da gerente de RH da UO-BS

Depois de inúmeros ofícios

Depois de inúmeros ofícios do Sindipetro-LP para marcar reuniões com a gerência da UO-BS, que são obrigatórias conforme o acordo coletivo de trabalho (ACT), e frente ao descaso com os problemas apresentados pelos trabalhadores dos prédios administrativos e plataformas, em protesto à omissão da empresa, o Sindicato dos Petroleiros não negociará mais com a gerência de RH da unidade.

A falta de compromisso da gerente de RH é tanta que ela não consegue nem ao menos fazer uma reunião com os representantes sindicais. Foram inúmeras reuniões reiteradamente desmarcadas pela gerência da UO-BS, mostrando total descaso com as demandas apresentadas pelos trabalhadores.

Histórico de problemas sem solução

Não são poucos os problemas denunciados por meio de ofício e todos eles permanecem sem respostas. As reclamações foram feitas por trabalhadores das plataformas de Merluza e Mexilhão e do próprio prédio sede do pré-sal em Santos.

A responsabilidade da gerência do RH é de total importância tanto parta atender as necessidades dos trabalhadores, como para a organização da empresa. Porém nada disso tem sido feito, conforme comprova uma lista extensa de demandas que sequer foram respondidas pelo RH local.

Recentemente a diretoria do Sindipetro-LP esteve na P-66, em Angra dos Reis, conversando com os petroleiros que denunciaram problemas com o regime de trabalho e  direitos não cumpridos.

Denunciamos o surto de gripe na plataforma de Mexilhão, que acometeu vários trabalhadores e expos todos os embarcados.

Temos ainda a questão dos índices de acidentes nas plataformas, que registraram aumento de 23% em 2015. Dos 69 acidentes notificados todos foram com trabalhadores terceirizados.

Apresentamos também problemas no embarque e desembarque para as plataformas; liberação de cipistas e GTBistas para reuniões; problemas de acesso de representantes sindicais nas plataformas e edifício, problemas no quadro mínimo; assédio moral; na utilização de estacionamento do prédio; problema no transporte para os funcionários das plataformas; subnotificação de acidentes, entre outros de maior ou menor gravidade.

A incapacidade de administrar o RH da UO-BS é tanta que nenhuma das demandas foram resolvidas ou receberam minimamente uma resposta.

Por esses motivos, já faz algum tempo, o Sindipetro-LP tenta tratar os problemas  da UO-BS nas reuniões com o RH corporativo do Rio de Janeiro, o que também não é o melhor para os funcionários, tendo em vista a regionalidade dos problemas.

Para administrar uma das bases mais importantes e estratégicas Petrobrás, responsável por operações do pré-sal e por um corpo técnico com diversos profissionais recém-contratados, é preciso uma administração comprometida e competente, capaz de resolver os problemas dos trabalhadores.

Devido aos problemas relatados, o Sindipetro-LP enviou ofício para o RH Corporativo, solicitando a imediata substituição da referida gerente de RH, por não possuir competência para a função.

Até que a categoria seja tratada com o devido respeito não negociaremos com esta gerente, que de forma arrogante e irresponsável ignora os problemas da força de trabalho, essa sim, única responsável pelos recordes da companhia.