Gerência da UTGCA desafia a própria sorte e improvisa mais uma atividade operacional

Risco ao trabalhador

A gerência da UTGCA vem desafiando a própria sorte e os ditames legais, improvisando mais uma atividade operacional: o carregamento de SLOP. A irregularidade foi encaminhada ao Sindicato e à CIPA, durante a última reunião ordinária da comissão, realizada na nesta quarta-feira, 1. Contrariando o padrão de operação da atividade, esta tem sido feita com auxílio de um caminhão vácuo. Geralmente o carregamento de SLOP é feito com carreta adaptada para receber esse produto em uma baia específica para a atividade. Nesta quarta-feira, data que foi relatado o desvio operacional, os técnicos de operação (TOs) exerceram o seu direito de recusa, previsto na cláusula 135a do ACT e se negaram a executar a operação improvisada.

O descumprimento do padrão operacional, que foi autorizado pela gerência da unidade, sem uma análise prévia do risco (APR) e com total desrespeito ao PPEOB da unidade é uma falta grave, sujeitando à ocorrência de acidentes, além de aumentar o risco de exposição dos trabalhadores ao benzeno.

Da forma como está funcionando, se houver qualquer emanação de benzeno na área ou vazamentos não saberemos se será detectado e registrado, pois a operação não está prevista no PPEOB. Com isso, fica a critério do técnico de operação que estiver conduzindo a atividade ou o seu supervisor chamar o SMS para acompanhar o procedimento.

Após a reunião da CIPA, a diretoria do Sindipetro-LP elaborou um ofício, relatando a situação e cobrando as providências cabíveis aos responsáveis. Um outro ofício será encaminhado aos órgãos externos fiscalizadores, MTE e MPT. Mais uma vez reiteramos que não iremos tolerar jeitinhos e improvisos desses gestores, colocando em risco a vida e a saúde dos operadores da unidade.