RH promete “refinar” proposta de Acordo Coletivo de Trabalho

Negociação

Em reunião no último dia 10 com o RH da Petrobrás, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) reafirmou que os quatro sindicatos filiados à Federação – LP, SJC, AL/SE e PA/AM/MA/AP- rejeitaram a proposta, principalmente, por causa do impasse sobre os dias parados e punições, que muitos trabalhadores vêm sofrendo.

Questões que envolvem AMS e SMS também foram amplamente discutidas. A FNP, em mesa, exigiu que ambos os setores devam ser gerenciados com seriedade. Benefício Farmácia foi outro ponto abordado, que na opinião da FNP deve garantir poder de compras de medicamentos necessários para os usuários.

A implementação imediata da redução de jornada para lactantes também foi uma das reivindicações da Federação. Para a FNP, a medida deve ser executada já no dia 1º de março. No entanto, o RH ratificou que a implementação se dará após os sindicatos assinarem o Termo Aditivo. A regra também vale para os questionamentos sobre os dias parados e as punições.

Durante o preâmbulo, também foi mencionado a falta de manutenção dos turbos geradores da Revap (SJC) que, consequentemente, têm gerado multas à refinaria. Além disso, a Federação também questionou a troca de permuta, que não estão sendo realizadas por causa de alguns gerentes. A FNP ainda solicitou que o avião, a ser retirado de Urucu, permaneça na base para eventual socorro de trabalhadores, uma vez que um avião, saindo de Manaus, levaria 3h20min para ir e voltar da Província Petrolífera de Urucu, onde a estrutura médica também é muito limitada. Cerca de 1100 trabalhadores estão em Urucu todos os dias.

O Sindipetro-AL/SE ratificou que a proposta foi rejeitada na íntegra nas suas bases e defendeu a Petrobrás como uma grande empresa brasileira e os empregos dos trabalhadores. Deixaram explicito que não vão aceitar a privatização da empresa. Exemplo disso são as liminares obtidas pela FNP, que têm barrado a venda de ativos importantes. Hoje, por exemplo, foi concedida a mais recente liminar favorável a FNP: a suspensão da venda da Nova Transportadora do Sudeste (NTS). (Leia matéria sobre o assunto)

O Sindipetro-LP denunciou a alimentação precária que está para ser disponibilizada para o administrativo de todas as refinarias de São Paulo, cujo o discurso está sendo baseado na economia necessária para a empresa.

Nesse contexto, o RH afirmou que está aberto à discussões e que vai avaliar todas as reivindicações. Disse também que vão “refinar” a proposta e chamar os quatro sindicatos para conversar novamente até o dia 13 de fevereiro, porém não tem intenção de fazer uma nova proposta. A FNP, agora, aguarda a Petrobrás agendar nova reunião.

A FNP deixou claro que não vai aceitar uma proposta que mantenha a retirada de direitos. Exigiu que abonem os dias parados nas greves de 2015 e 2016 e retirem todas as punições, além de requerer a retirada de redução de jornada atrelada a redução de salário.

Fonte: Federação Nacional dos Petroleiros