FNP se reúne com políticos e entidades de classe e denuncia crime lesa-pátria por vendas de ativos da Petrobrás

Em Brasília

Em reunião na terça-feira (22), em Brasília, com senadores, deputados advogados e outras entidades de classe, a FNP, juntamente com seu corpo jurídico, denunciou que no Plano de Desinvestimento de Parente existe a intensão clara de beneficiar empresas estrangeiras escolhidas a dedo pelo atual gestor. “Quando a FNP começou a combater o plano, não se tinha ainda conhecimento da extensão da lesividade e Inconstitucionalidade do projeto”, afirmou o jurídico.

Mais 80 mil pessoas podem ficar desempregadas por causa do Plano de Desinvestimento executado por Pedro Parente.  Uma grave ameaça à população que ainda pode piorar se levarmos em consideração o número de terceirizados que também serão atingidos com o processo.

Atualmente, de acordo com o jurídico, ficou claro que a intenção de beneficiar o capital internacional supera a própria vontade de fazer caixa. A ausência de licitação nas vendas de ativos e a falácia de que o Plano é a saída para tirar a empresa da crise – ao venderem áreas ditas “não estratégicas”, para levantar recursos a serem utilizados na sua atividade principal, que é a extração de petróleo, em especial da área do pré-sal – cai por terra ao venderem Carcará, um campo altamente lucrativo, por um preço inferior ao que realmente vale.

Segundo especialistas e geólogos, em carta divulgada pela Federação Brasileira de Geólogos (Febrageo), em agosto de 2016, a venda de Carcará é um crime de lesa-pátria. Eles afirmam que na Bacia de Santos preveem-se volumes potenciais de 6 bilhões de barris, apenas em Carcará. Porém, no bloco BM-S-8, como um todo, as estruturas geológicas podem acumular até 10 bilhões de barris, considerando-se a soma de todos os volumes guardados em seu interior, como apontam os modelos geológicos-geofísicos da região.

Diante das revelações, ministros e deputados se mostraram preocupados e se dispuseram a prestar apoio à luta da FNP.

Estiveram presentes na reunião representantes de gabinetes, advogados, senadora Lídice da Mata (PSB), senadora Fátima Bezerra (PT), Roberto Requião (PMDB), representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), o ex-ministro Gilberto Carvalho, representantes do Sitramico-RJ, Paulo Brandão (AEPET), embaixadores e representante da Frente Brasil Popular (FBP).

Fonte: FNP