Sindicatos e centrais articulam primeiros passos para construir Greve Geral na região

Nenhum direito a menos!

O que estava programado para ser uma reunião ampliada da Frente Sindical Classista da Baixada Santista com sindicatos da região acabou se transformando em uma grande plenária. Nesta quarta-feira (5), com a presença de mais de 100 pessoas, incluindo trabalhadores de base, a sede do Sindipetro-LP foi palco do primeiro passo para a construção da greve geral, no dia 28 de abril, na região.

Estiveram presentes representantes de centrais sindicais e sindicatos que representam as mais variadas categorias: entre eles, petroleiros, metalúrgicos, bancários, servidores de Santos e estaduais, advogados, correios, portuários, ferroviários, rodoviários, comerciários, trabalhadores da saúde, do ramo hoteleiro, urbanitários, químicos e auditores fiscais.

O tom da maior parte das intervenções foi em torno da necessidade da unidade na luta para barrar os ataques do governo Temer, sobretudo as reformas da previdência e trabalhista, a terceirização sem restrições e a ofensiva sobre o direito de greve e organização dos trabalhadores. Para todos os presentes, tais medidas representam retrocessos em direitos históricos.

Para construir a greve geral na Baixada Santista duas novas reuniões já foram agendadas. A primeira delas acontece no próximo dia 11, às 10 horas, com representantes das centrais sindicais e da Frente Sindical Classista. Neste encontro, a intenção é traçar minuciosamente as estratégias concretas de mobilização para a região. Local e horários dos atos e paralisações, assim como as táticas para garantir que as cidades sejam de fato afetadas pelos protestos. No dia seguinte, 12 de abril, uma nova reunião acontece, também às 10 horas, mas dessa vez com um caráter mais amplo.

A ideia é que se repita, com número ainda maior, a plenária que ocorreu nesta terça-feira. Representantes das centrais sindicais, dos sindicatos, ativistas, todos os lutadores e lutadoras estão convidados a comparecer a esta reunião no dia 12. O local das duas reuniões será a sede do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, que fica na Avenida Conselheiro Nébias, 248, Vila Mathias, em Santos.
 

Diálogo e denúncia
Se as estratégias ainda serão traçadas nos próximos dias, o trabalho de convencimento com os trabalhadores e população é uma tarefa imediata. A necessidade de diálogo com a sociedade, explicando as razões da greve geral e por que é urgente parar o país, foi ressaltada por diversos dirigentes. Neste sentido, um boletim unitário deve ser produzido para que seja distribuído nos principais locais de circulação de populares nas cidades. Além disso, vídeos devem ser produzidos para demonstrar a unidade das diversas categorias em torno do dia 28.

Neste trabalho de base, seja nas categorias e entre a população, a denúncia ao projeto do governo Temer é parte fundamental. Explicar que tais “reformas” representam na verdade duros ataques, ressaltar que é preciso resistir e se organizar para reverter este cenário estão entre as tarefas do dia.

A mensagem deixada por muitos é de que o momento das palestras, dos seminários, dos discursos restritos aos círculos de ativistas e sindicalistas deve ficar para trás. É hora de ir às ruas construir a resistência, construir a Greve Geral no dia 28 de abril.