Greve geral para operações no Tebar, UTGCA, Porto e prefeituras e leva centenas às ruas de São Sebastião

28 de Abril

A greve no Litoral Norte de São Paulo, contra as reformas trabalhista e da Previdência destoou dos protestos da Baixada Santista, onde a repressão ao movimento foi violenta. A manifestação, organizada por movimentos sociais e sindicatos de Caraguatatuba e São Sebastião, interrompeu as operações do Terminal Transpetro, em São Sebastião, da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba e operações no porto e prefeituras das duas cidades, sem incidentes. Representantes da OAB e advogados dos sindicatos estiveram presentes para garantir que o ato fosse realizado.

Polícia Militar e Rodoviária, Guardas Municipais e de Trânsito organizaram o fluxo de carros, que acarretou pouco impacto, perto do que acontece todos os dias nos horários de pico na cidade. Sem repressão, com diálogo entre os organizadores, o protesto aconteceu como deveria ser se a democracia fosse respeitada por todos os agentes públicos.

Ocupando uma das pistas da Avenida Guarda Mor Lobo Viana, em frente ao Tebar, mais de 600 pessoas, entre servidores públicos, trabalhadores da construção civil, estudantes, portuários e petroleiros, seguiu em passeata em direção à prefeitura e encerrou o ato público em frente ao posto do INSS.

Prefeitura e empresas tentaram enfraquecer a greve enviando ameaças de desconto do dia e punições aos trabalhadores. Como resposta, os manifestantes foram para o Paço Municipal mandar um recado ao prefeito e secretários assediadores. Mesmo com a adesão de até 100% em muitos setores, sob a justificativa do assédio dos chefes ou simplesmente por ignorar as consequências da aprovação das reformas, parte dos trabalhadores que tinham garantias legais para o manifesto não aderiu à greve.

No entanto, durante todo o ato, o apoio da população era demonstrado com buzinas e acenos. A grande maioria da população está sim, contra as reformas do governo Michel Temer. O ato foi considerado o maior dos últimos tempos em São Sebastião. O protesto atingiu o objetivo, demonstrar o poder do trabalhador, contra as reformas trabalhista e da Previdência.

A união das entidades sociais, sindicais, trabalhadores e estudantes escreve uma nova página na história das mobilizações no Litoral Norte. Com luta, as reformas não passarão!