Petroleiros se mobilizam nacionalmente contra retirada de direitos

Com atrasos no Litoral Paulista e em bases da FNP

As bases da Petrobrás do Litoral Paulista foram mobilizadas na manhã desta quarta-feira (17), contra a politica do Corte do Café da Manhã dos trabalhadores dos Terminais Transpetro, venda de ativos e contra as reformas Trabalhista e da Previdência. Com atrasos de cerca de duas horas, os petroleiros da RPBC, UTE-EZR, Pilões, Alemoa, Tebar e UTGCA participaram ativamente das atividades. A Frente Sindical Classista da Baixada Santista, da qual o Sindipetro-LP faz parte, foi representada com a participação do presidente da Associação dos Servidores Judiciários (Assojubs), Michel Iorio.

Dentre os assuntos pautados, os petroleiros foram convidados a se juntarem na caravana que os sindicatos e centrais sindicais estão organizando para no próximo dia 24 ocupar Brasília. Os interessados em participar da caravana têm até a sexta-feira (19) para dar o nome na secretaria do sindicato (sede e subsede). Os trabalhadores terceirizados da Alemoa, que participaram do atraso, também foram convidados pelo Sindipetro-LP a se juntarem na caravana.

A data do dia 17 foi escolhida como forma de apoio aos trabalhadores da Transpetro Alemoa, pois neste dia estava marcada a audiência da ação movida pelo Sindipetro-LP contra o corte do café da manhã. No entanto, a audiência foi adiada, sem que nova data fosse anunciada.

Na RPBC, o microfone foi aberto para que os trabalhadores da base pudessem se manifestar, o que foi atendido prontamente por petroleiros que quiseram se expressar. Para quem sempre participa de mobilizações como essas, é perceptível o aumento do interesse e envolvimento dos trabalhadores à situação política e econômica do país.  Para lembrarmos dos fatos até a atual conjuntura, nas conversas vazadas pelo Wikileaks em 2011, entre o então candidato à presidência da República, José Serra e uma alta executiva da Chevron, em que Serra se comprometia a mudar a lei de exploração do pré-sal para favorecer as grande petroleiras,  havia a recomendação de que o tucano tomasse cuidado para não  “galvanizar o sentimento nacionalista” dos brasileiros. Mas conforme é possível observar desde as mobilizações do 8 de Março, 15 de abril e que culminaram com a greve geral no dia 28 de Abril, é cada vez maior a indignação do trabalhador contra os ataques do governo.

Foram nessas mobilizações que a caravana de ocupação à Brasília foi sendo construída. Além do dia 24, os sindicatos já preparam mais uma ofensiva dos trabalhadores, a Greve Geral de 48 horas.

Mobilizações em outras bases da FNP

Pará/Amazônia/Manaus/Amapá
Em Manaus, petroleiros realizaram mobilização no aeroporto Eduardinho, que inviabilizou por uma hora o embarque para Urucu. Durante o ato, vários temas foram debatidos com os trabalhadores, dentre eles: reforma trabalhista; terceirização; punições e venda de ativos.

Em Belém também foi feito atraso e debates sobre temas de interesse dos petroleiros.

Na quinta (18), o Sindipetro-PA/AM/MA/AP vai realizar uma parada no prédio administrativo da Petrobrás, em Manaus.

Rio de Janeiro
O Sindipetro-RJ realizou uma  atividade de conscientização e atraso na entrada de expediente  no Terminal Aquaviário Baía de Guanabara (TABG), unidade localizada na Ilha do Governador, Rio de Janeiro.

No terminal foi oferecido um café da manhã a todos os trabalhadores da Transpetro, efetivos e terceirizados.

Além disso, sindicato ajuizou ação e obteve tutela de urgência concedida pela Juíza da 28ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, determinando o restabelecimento imediato, sob pena de multa diária, do fornecimento de desjejum aos empregados sujeitos ao regime administrativo, lotados em unidades industriais da Transpetro.

A Transpetro acatou a determinação judicial e restabeleceu o fornecimento. Porém, a empresa impetrou mandado de segurança para o TRT (2ª instância), com o objetivo de obter efeito suspensivo e cassar a tutela de urgência deferida pelo juiz de primeira instância.

A audiência da ação originária somente ocorrerá em 24 de julho de 2017,  e até esta data, a determinação da tutela de urgência permanece em vigor, exceto na hipótese da empresa obter êxito no mandado de segurança.

São José dos Campos
O Sindipetro-SJC promoveu um café da manhã com os companheiros do Grupo 5. Foi aprovado atraso de uma hora. É a luta dos trabalhadores do sistema Petrobrás contra a retirada de direitos.

Na REVAP, após a aprovação do atraso de uma hora, foi feito uma rodada de informes e debate sobre a privatização das refinarias (com destaque para a anunciada venda da RLAM), a possível redução do efetivo, as demandas da base, a convocação pra marcha a Brasília, que ocorrerá no dia 24, e também informes sobre o próximo Congresso da FNP, que antecede a nossa Campanha Salarial. 

Com informações da FNP