Em reuniões com a gerência da UO-BS, Sindipetro-LP cobra demandas dos trabalhadores das plataformas

P-66, Mexilhão e Merluza

O Sindipetro Litoral Paulista se reuniu com a gerência da UO-BS nos dias 9 e 23 de junho, para tratar dos assuntos sobre transporte Aéreo na Bacia de Santos e demandas da força de trabalho das plataformas de Mexilhão, Merluza e P-66.

Na primeira reunião, no dia 9, sobre transporte aéreo, o Sindipetro- LP levou para a mesa os questionamentos da base sobre segurança nos voos, que é uma preocupação constante da força de trabalho e do sindicato. Presente na reunião, o gerente Geral da área de LMS/US-SOEP (Logística, Manutenção e Suporte as Operações de E&P), o engenheiro Luiz Carlos Higa, apresentou resultados e as medidas para solucionar os problemas apresentados no trimestre de 2017.

Dentre as demandas apresentadas pelo sindicato, levamos a preocupação dos trabalhadores sobre a quantidade de rádios HELT, a necessidade de treinamentos de resgate em alto mar e a indicação de quem estaria fazendo resgate em caso de acidente, assim como o tempo de resposta esse tipo de situação.

Segundo a empresa, o rádio localizador HELT está disponível apenas para o piloto do helicóptero, mas que o transporte possui sete dispositivos de localização espalhados pela sua estrutura, assim como nos botes de salvamento. No caso dos botes, o dispositivo é acionado assim que a embarcação tem contato com a água, ligando imediatamente a localização via GPS e enviando as coordenadas para a base da Força Aérea Brasileira (FAB), encarregada por toda a estrutura de resgate. Também é a FAB a responsável por encaminhar as vítimas de acidentes para a unidade hospitalar adequada, ou, em caso de necessidade, realizar os primeiros procedimentos de salvamento na própria plataforma.

Os gestores estão disponibilizando para toda força de trabalho, como previsto na cláusula 152 do ACT, o curso de HUET. O treinamento é necessário para que o trabalhador saiba como se portar em acidentes aéreos marítimos. Para que os trabalhadores das plataformas realizem o treinamento é necessário procurar o RH para se inscrever.  O treinamento em HUET habilita o trabalhador a realizar curso para HEED (cilindro de ar individual). Esse equipamento é uma reinvindicação dos trabalhadores, porém, somente será disponibilizado para quem passar pelo curso de HUET, pois é um equipamento que pode gerar complicações em caso de utilização inadequada, alegação indicada pela Petrobrás para a não disponibilização do treinamento até então.

O Sindicato também denunciou o pouso de uma aeronave na plataforma de Mexilhão, quando não havia condições de mar e vento para descer o bote de resgate. A aeronave partiu de Jacarepaguá e mesmo com as más condições, realizou o pouso, colocando em risco a vida dos trabalhadores a bordo. Conforme denunciado pelos trabalhadores embarcados, esse tipo de prática é comum em ambas as plataformas. A denuncia será apurada, porém, segundo a gerência da Petrobrás, esse tipo de pouso não poderia ter acontecido.  Os gestores da empresa também disseram que o GEPLAT tem autonomia de abortar o pouso se ele entender que não tem condições seguras. A empresa indicou o Relatório de Prevenção (Relpreve), espaço no site da Infraero, conforme regulamentação da ANAC,  para denunciar situações como essa, que deverá ser usado para denunciar qualquer irregularidade em voos. Também é importante que as denuncias sejam enviadas também ao Sindicato, para que possamos tomar as medidas necessárias.

Em relação a garantia de aeronave reserva, a gestão da Petrobrás informou que esta fazendo regularmente o rodizio das aeronaves para evitar desgaste prematuro do transporte, conforme já solicitado em reuniões anteriores pelo sindicato. Na semana da reunião, por exemplo, o transporte para as plataformas estavam sendo feitos por uma aeronave da OMNI, pois a maquina da AEROLEO estava em manutenção.

Durante a reunião, o sindicato demonstrou preocupação quanto aos horários de decolagem, pois estão voltando voos das plataformas em horários noturnos, o que causa apreensão nos trabalhadores, assunto que ficou de ser tratado em reunião com o RH que seria na semana seguinte.

Reunião do Sindicato com o RH da UO-BS
Na reunião do dia 23 foram tratados assuntos como os procedimentos para pagamento de hora extra para desembarque em base avançada (Aeroporto de Jacarepaguá) para funcionário em regime administrativo de embarque eventual. O assunto ficou de ser tratado novamente em próxima reunião, após o Sindicato a expor as reclamações vindas dos trabalhadores.

O sindicato cobrou a gerência a respeito do quadro mínimo e a reposição do pessoal na saída do PIDV e mais uma vez o assunto foi agendado para ser discutido em uma próxima reunião. De antemão, a empresa se comprometeu a indicar onde está se apoiando para montar o quadro mínimo das plataformas, assunto de muitas reuniões que até hoje não houve consenso.

Já a reposição do efetivo com a saída dos PIDVistas  ficou de seguinte forma nas plataformas:
Mexilhão teve 10 saídas por transferência e sete por PIDV. Em contrapartida, segundo a empresa, foram repostos 14 trabalhadores e são esperados outros seis, realocados pelo mobiliza.

Merluza teve dez saídas, sendo nove por desligamento pelo PIDV, outras nove pessoas pediriam transferências da unidade. A empresa repôs 19 trabalhadores, sendo que um foi pelo mobiliza.

Recém operando na Bacia de Santos, a P-66 teve 122 entradas.

Os gestores foram cobrados pelo sindicato sobre a constante mudança nas reuniões de CIPA e a não divulgação para os Cipeiros de folga das alterações de datas. Como resposta a empresa se comprometeu que em casos de mudança da data das reuniões, serão enviadas mensagens para os e-mails particulares dos cipeiros.

Demanda da Plataforma P-66
A diretoria do Sindipetro-LP cobrou sobre a questão da ergonomia na sala de controle, com a utilização de cadeiras adequadas para o trabalho realizado na sala. Os gestores da empresa responderam que irão verificar a demanda e dar uma resposta na próxima reunião.

Os trabalhadores da P-66 denunciaram ao sindicato e a diretoria cobrou explicações para a empresa com relação aos camarotes dos empregados de turno, que tem sido ocupada por pessoas fora do turno, causando transtornos para esses trabalhadores. Conforme alegado pela gestão da empresa, houve superlotação na época e por isso tiveram que alocar pessoas fora do turno nos camarotes. A gerência ficou de melhorar a logística de locação dos trabalhadores para evitar que o problema se repita.

Horários de voo
O Sindicato vem cobrando há várias reuniões um posicionamento quanto aos horários de vôos, pois já é uma reinvindicação da categoria o cancelamento dos voos após quatro horas de atraso, como já é praticado nos voos do Rio de Janeiro.  O RH ficou de estudar junto ao GIOP a implantação do procedimento semelhante ao do Rio, solucionando também o problema dos voos noturnos.

O Sindipetro Litoral Paulista está atento às demandas da categoria e vai continuar cobrando da Gestão da Petrobrás as providencias necessárias para atender os anseios da categoria.